Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Tese oficial ignora cassação


09/01/2007

Foto: autor desconhecido.

No seio do esquema do governador Cássio Cunha Lima existem algumas premissas fundamentais em torno desse movimento do Ministério Público Eleitoral pedindo a cassação do diploma do chefe do executivo reeleito e de seu vice, José Lacerda, que parecem mais do que conceitos.

Primeiro, embora respeitando a lavra do Ministério Público, o grupo político no poder tem convicção de que matéria afeita à campanha não se mistura com ação de governo, daí o silêncio do governador em relação ao assunto deixando para seu jurídico eleitoral (leia-se Luciano Pires) tratar dos detalhes.

Dois: para o jurídico governista os argumentos apresentados pelo MPE são inconsistentes e fáceis de serem derrubados a começar pelo principal, que é a prova cabal que o governo diz ter mostrando que havia projeção de recursos orçamentários para a existência do programa de cheques da FAC, ao contrário do que disse o procurador.

Tem mais: para o jurídico ligado ao governador inexiste gravidade como posto pelo MPE, inclusive nos procedimentos, além da FAC, portanto, ele assegura existir exorbitância no desfecho encaminhado pelo douto representante do Ministério Público.

Se reparar direito, o discurso repetitivo de que o esquema jurídico governista ignora por completo os novos passos processuais não deixa de ser jogo de retórica, mas levando em conta contestação jurídica feita pelo MPF, a aparência é de gravidade minimizada pelos governistas seguros de que o desfecho será igual ao que aconteceu com o então governador José Maranhão quando o MPE (leia-se Luciano Mariz Maia) também entrou com pedido de cassação do diploma do ex-governador e ele cumpriu seu mandato até o fim.

No caso de Cássio, segundo ele cabe ao jurídico de campanha responder ao questionamento legal porque, conforme deixou escapar, seu foco é com a gestão de resultados já agora.


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