Feliciano Neto

Professor e Consultor em Gestão de Marcas.

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Tendências do mundo dos negócios para a semana que vem


07/10/2021

Não é muito difícil supor que maioria dos que decidiram separar 5 minutos das suas vidas para lerem esse artigo, tomaram essa decisão já na primeira palavra do título. Por mais que gostaria que isso fosse consequência de minhas habilidades literárias, tenho plena consciência que esse fenômeno está relacionado a outro fator completamente diferente.

Basta ler a respeito ou escutar falar de tendências que sentimos um frio na barriga, daqueles que os profissionais de saúde mental definiriam como ansiedade. Um sintoma cuja origem é de fácil identificação, já que vivemos nesse mundo conectado, rápido e volátil, a respeito do qual gostamos tanto de filosofar em nossos ciclos sociais ou profissionais. É esse ambiente imprevisível que nos ensinou que seguir tendências significa o mesmo que estar na ponta, na crista da onda, no top of mind, ou em outro jargão parecido. A verdade é que ninguém gosta de cogitar a ideia de ficar para trás ou de tornar-se obsoleto. Uma preocupação genuína, mas que poderia ser encarada de uma forma menos prejudicial à nossa saúde mental, penso eu.

Vejam bem, a noção de pautar suas decisões estratégicas a partir de tendências em um ambiente que muda tão rápido quanto esse em que vivemos é um risco que não recomendo assumir. Permitam que eu desenvolva melhor essa ideia através de dois pontos objetivos:

Tendências como plano B — Ao contrário da indústria da moda, que pauta sua existência no efêmero, nossos negócios devem ser planejados com base em consistência. Antes de dar atenção às listas a respeito do que pode acontecer com a sua empresa, foque em enumerar tarefas que você pode realizar hoje para construir uma marca forte e resiliente. É obvio que estar informado e consciente dos fenômenos que surgem no seu ambiente mercadológico e social certamente será uma dessas obrigações. Encarar esse tipo de informação com serenidade é a chave para utilizá-la como vantagem estratégica e não como uma espécie de corrida do ouro. Acredite, estamos todos no olho do furacão da era da informação e ninguém tem certeza de nada. Resumindo, ponha as tendências na prateleira das possibilidades e mantenha sua força na estruturação das suas 4 dimensões (vide meus artigos anteriores).

Dados te fazem dormir mais tranquilo — Se há um erro que não podemos cometer ao falar desse assunto é confundir tendências com informações baseadas em análise de dados. Entendo que possa haver uma semelhança conceitual entre os dois universos, mas, na prática, são bem distintos. Basta dizer que dados costumam ser objetivos, portanto, não tendenciosos.

A ciência de dados está evoluindo para atuar como uma ferramenta de desenvolvimento poderosíssima para nossas empresas. Há todo um segmento de serviços sendo desenvolvidos para tornar esse tipo de inteligência acessível para todos os tipos de negócio. Ao contrário das listas de previsões dos blogs por aí, as informações derivadas de metodologias analíticas são o equivalente aos instrumentos ultra modernos de navegação utilizados pelos pilotos de avião. O plano de voo, no entanto, continua sendo essencial.

Em meu primeiro artigo para essa coluna, defendi a ideia de mantermos os pés no chão em face às ansiedades que o mercado pode nos provocar. A ideia aqui é a mesma, e adianto que essa perspectiva será bem recorrente nas minhas exposições. Acredito fortemente que marcas fortes são trazidas à vida por gestores que conseguem equilibrar a criatividade e o pragmatismo. Essa tendência, você pode anotar.

 

Os interessados em saber mais a respeito da gestão de marcas, podem encontrar minha obra completa em dois formatos digitais através desse link: https://kit.co/metagestao/estante-metagestao. Também dá assistir aulas e entrevistas em vídeo sobre esse tema no meu canal do YouTube: https://youtu.be/62dft74e7Pw e no meu perfil no Instagram: https://www.instagram.com/metagestao/.


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