O vice-presidente da República, Michel Temer, produziu nos últimos tempos da República Federativa do Brasil a mais arriscada e contraditória exposição de movimento político conspirador contra o Governo ao qual compõe desde 2010 consolidando para dentro e fora da atual Gestão Federal a condição de Homem Público honesto mas inconfiável.

É certo dizer-se que ele tem a confiança da Oposição liderada pelo PSDB, mas no intimo dos bastidores tucanos a aliança assumida com Temer teria tempo de duração porque na essência a traição é elemento comum na desconfiança. Se ele trai a Dilma sem motivos, imagine se quisesse se manter no imaginável, hipotético e irreal futuro governo. Só que o mundo virou um Big Brother e todos hoje sabem quem é quem sem sair do lugar.

Dir-se-ia que o vice-presidente passou a ser peça-chave na perspectiva de derrubada de Dilma Rousseff descuidando-se ele, mesmo como Constitucionalista, do que se for à risca o processo de afastamento este pegaria em cheio o próprio Temer por ser ele a base do Governo como um todo, portanto, ele não poderia ser tratado fora do contexto legal do mandato a lhe envolver.

Na análise fria dos cientistas do bairro da Torre, ele e Dilma são a mesma coisa, portanto, se o processo de Impeachment viesse a atingir a presidenta, ato continuo isso aconteceria com ele. O caso em tela difere do Caso Itamar Franco porque em se tratando de Collor ele jamais teria participado das maracutaias do ex-presidente.

No frigir dos ovos, sem que tenha dado a dimensão prévia antes de assumir a condição de Conspirador – Mor contra Dilma, a esperteza do vice-presidente descuidou-se de vários aspectos, até mesmo de combinar com a representação da sociedade organizada que, no caso do Impeachment, tem se manifestado contra esse procedimento.

É fácil de atestar. OAB, CNBB, governadores da maioria absoluta dos Estados, CUT, MST, etc – todos segmentos da sociedade com relevância e que se posicionam contra o Impeachment, logo contra a ascensão de Temer no lugar de Dilma.

Certamente que a Oposição é forte e joga duro para com Capital financeiro tentar persuadir deputados federais para na “compra do voto” selar o impedimento, só que o Governo e todos estão atentos a essa manobra inaceitável de “venda” em troca de ascensão com natureza Golpista num tempo em que o Brasil exige superação da crise política para resolver a crise econômica.

Michel Temer sem querer está se dirigindo ao cadafalso de um capitulo da novela institucional brasileira a colocá-lo distante da decadência porquanto traição só serve para trair a imagem de que a executa.

Por fim, sem confiança e sem transparência ele segue ungido para conviver com um final tragicômico do tamanho de toda infidelidade.