Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

SOS: o drama da Capital


15/08/2007

Foto: autor desconhecido.

O ‘arrastão’ produzido terça-feira à noite no Restaurante Porto Madeiro, da mesma forma que diversos assaltos à mão armada registrados no bairro de Manaira, na mesma noite, sem que a bandidagem pudesse ser flagrada e presa atesta um alto grau de fragilidade com que os cidadãos de bem estão submetidos em João Pessoa.

A cada dia que passa é como se a violência se aproximasse cada vez mais da pessoas gerando pânico e, pior, sentimento de impotência, sem nada puder fazer porquanto a ação policial não tem tido a mesma velocidade e eficiência na prevenção nem na forma ostensiva. É a escalada preocupante.

Como em João Pessoa tudo que se discute resvala para a política é preciso estar distante desse elemento influenciador admitindo que a responsabilidade da segurança pública é do Governo, embora precisemos ainda conceber que a escalada da violência se dá em processo arrastado, há anos, mesmo que nada disso seja fator para justificar a fragilidade de nossas vidas.

A impressão que chega aos cidadãos é de que os bandidos continuam ‘vencendo a guerra contra os policiais, sem que se aperceba também a existência de um processo de reação mais eficiente para inibir a onda que se alastra sobre a outra cidade pacata do Brasil.

Leve-se em conta, ainda, que as medidas tomadas pelo aparato policial, a exemplo das tendas expostas em lugares estratégicos dos bairros têm efeito de exposição, fica claro, mas volta e meia a ação se torna inócua quando alguém é vítima dos bandidos, mesmo acionando os policiais nessas tendas, e eles ficam inertes sob o argumento de que só agem mediante determinação de ordem superior.

Ora, se a medida visa evitar o trote, que se busque outras alternativas para que haja efetiva ação policial com ação imediata ao sinistro porque só faz sentido a presença desse contingente se há de forma o movimento real dos policiais.

O fato é que João Pessoa vive um dos momentos mais críticos em termos de expectativa sobre como resolver esses problemas, até porque o clima político, também em crise, não permite que se encontre de forma suprapartidária compromissos gerais para inibir essa onda nefasta.

Se tudo isso fosse pouco, os Governos do Estado e de João Pessoa não estão trabalhando conjuntamente para um sério fator que deve já estar sendo motivo do crescimento da escalada da violência, que é, a facilidade de fuga de bandidos vindos de outros lugares, especialmente do Recife.

Aliás, na rodovia BR-101, já são muitos os casos de ações de bandidos durante a noite, da mesma forma que na BR-230, em alguns trechos, diversos casos já se registraram com pessoas em lugares estratégicos tentando parar carros e ônibus para assaltos imediatos. O Colunista já foi vítima de uma tentativa dessas, escapando por pouco.

Para concluir: os organismos de segurança pública precisam reavaliar seus métodos, reexaminar suas ações preventivas e ostensivas porque, aos poucos, a paz já não se faz mais existir entre nós, que buscamos muito pouco, ou seja, a tranqüilidade de ir e vir.

Crise se acentuando

Os blocos Governistas e de Oposição estão vivendo uma das mais fortes crises de relacionamento dos últimos tempos, tudo por conta da ansiedade dos deputados de Oposição de querer interferir no processo de agora em diante pensando na hipótese de assumir o Poder.

Do outro, a turma governista se assanha para ‘dar o troco’ no mesmo nível da provocação que vem sendo registrada, portanto, o clima no plenário da Assembléia Legislativa é de vaca desconhecer bezerro.

A regra como parâmetro

Independentemente das torcidas e desejos, está mais do que na hora da Assembléia fazer prevalecer a regra básica da casa, que é seu regimento fazendo-o ser aplicada na inteireza de seu valor.

A lei como norma precisa ser respeitada cabe a partir daí posicionamentos de quem quer que seja.

Impressão à distância

O líder do Governo, Ricardo Barbosa, tem tido ação imediata de contra -ponto aos opositores, mas precisa se advertir que “está entrando na onda” do jogo oposicionista quando tem parado pouco para ser mais estratégtico do que soldado na linha de frente.

A posição de líder também tem a ver com outras formas de encarar a dificuldade. Por enquanto a Oposição se mexe com mais resultado.

Novos nomes

Como a Coluna adiantou, o nome de Inácio Machado está mesmo na contagem regressiva para tomar posse na DRT.

Na CBTU, onde o vereador Luciano Cartaxo tem o cargo ocupado por seu irmão Lucelio, tem dias contados para ser substituído por Picoli, indicado pelo deputado Manoel Júnior.

Umas & Outras

…O professor Sales Gaudêncio se mantém um articulador de primeira grandeza nas hostes do senador José Maranhão.

…Em Brasília, o governador Cássio não pára de reuniões sobre o processo de cassação. Sólon Benevides, Ronaldinho Cunha Lima e Inaldo Leitão foram vistos próximos.

…O processo da TV Universitária será votado na próxima terça-feira no DECOM da UFPB. O Portal WSCOM Online continua revelando fatos importantes para compreensão dos leitores.

…O deputado federal Vital continua antenado com os processos do estado, tanto que expôs o bloqueio de contas do governo por falta de prestação de contas do Hospital de Campina.

…Aliás, por falar em Campina Grande, chegam fartos materiais que podem gerar muito desgaste para a prefeitura local.

…Napoleao de Castro estréia dia 27 como coordenadora de radiojornalismo da 101.7 FM. Vai para a TV Cabo Branco, também.

…Surge um movimento de oposição forte na Federação da Agricultura presidido pelo eterno presidente Mário Borba.

…Vem novidade por aí.

Última

“Eu quero ter um quintal sem muro…”


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