Brasil
Somos parte de um Mundo Gay em evolução, por que não?!
03/07/2021

Em 1958, os médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, publicaram juntos, através da Editora FEB (Federação Espírita Brasileira), um livro psicografado, escrito pelo Espírito de Luz, o médico André Luiz, intitulado “Evolução em Dois Mundos”.
Pois bem, este livro descreve a longa história da evolução das galáxias, e particularmente do nosso planeta, dando conta da formação e estrutura e nascimento dos reinos, vegetal, mineral, animal. E partir daí, a evolução nas diversas direções. São profundos apontamentos da inteligência divina, desde, a força atômica, a formação das algas e das células, os órgãos, a exteriorização dos centros vitais, o automatismo fisiológico, a morfologia, a faixa inaugural da razão, o aparecimento do sexo, a diferenciação dos sexos (a divisão dos gametas X e Y), a formação dos sentidos (visão, audição, paladar, tato), a sensibilização… São bilhões de anos na formação desse mundo no qual existimos hoje.
Do livro acima citado, destacaríamos um parágrafo do capítulo 12, Diferenciação dos Sexos, em que lá está escrito:
“Não podemos esquecer, porém, que o trabalho evolutivo no aperfeiçoamento fisiológico das criaturas terrestres ainda não foi terminado, prosseguindo, como é natural, no espaço e no tempo”.
E segue falando das características sexuais da experiência humana e sua evolução…
Outro livro, “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” de Yuval Noah Harari explora a divisão do progresso da humanidade em três grandes revoluções: A cognitiva, a agrícola e a científica. Na primeira Revolução o autor explica como a capacidade de abstração e memória, que somente o nosso cérebro possui, nos permitiu formar sociedades nunca antes vistas.
Enfim, nos detivemos a essas referências para confrontar com o foco da mídia nestes últimos dias, nas versões atrapalhadas, equivocadas, perturbadoras, ainda, obsoletas, de considerar de forma discricionária, o comportamento de quem se ajusta a revelar suas opções e perfis nas faixas LGTBTQI+. Caso do Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que através do programa Conversa com Bial, revelou ser gay. E também a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que revelou apoio solidário a Eduardo Leite, dizendo também nunca haver escondido suas preferências, e mais, “na minha vida pública ou privada nunca existiram armários”.
Particularmente eu acho essa discussão sobre homossexualismo uma coisa velha, já resolvida, um papo chato, que volta e meia está novamente no centro da sala. Pra mim isso foi conversa dos anos 70, 80, quando houve as grandes revoluções comportamentais. Porém, há sem dúvida a necessária pauta de ordem do dia, chamando para ampliar o debate. Porque corre paralela a violência, o preconceito, o radicalismo para com nossos irmãos em evolução.
No livro de Chico Xavier e Waldo Vieira, há confirmação de que já fomos um dia hermafroditas, ou andróginos, como preferir. Que mantivemo-nos por longo período sendo nossos próprios auto reprodutores. E que fomos, com a evolução, nos diferenciando, dividindo os gametas, até encontrar a forma masculina e feminina, de órgãos genéticos que abrigam ovários e testículos, dominados essencialmente pelo fator neurológico, e este seguido os processos mentais que os administram, a maioria do tempo por impulsos inconscientes, em outros momentos vigentes por atributos de consciência e prazer.
Não haveria vantagem ou desvantagem alguma ser hoje homem ou mulher, quando há muito partimos de um simples primata do mundo bruto, para um mundo de razão, consciência, inteligência e aprimoramento, a caminho da luz.
Informam-nos os Espíritos de Luz, que podemos nascer num corpo de mulher, ou de homem, e uma vez reencarnando, nos ajustarmos ao corpo de homem se na última vida fomos mulher; ou vice-versa, reencarnando mulher se já fomos homens.
Os mesmos processos evolutivos que desenvolveram e criaram as plantas hermafroditas, e que ainda hoje nos mostram exemplares de sapos e galinhas dentro desse espectro de apresentação, contendo ao mesmo tempo ovários e testículos, podendo desenvolver um ou outro, que possibilidades há de formas diversas na morfologia humana como ser racional superior. Admitidas às proporções, estamos assistindo essas transformações e criando debates sociais com o fim de promover a ascensão de um mundo melhor com direitos iguais a todos os seres da criação.
Não há dúvida de que, se até pouco tempo descrevíamos a nossa raça descendente dos sapiens, entre apenas homens e mulheres, seja possível com a evolução, um desdobramento em muito mais letras do que só LGBTQI+. Até podermos entender sublimado o amor nas suas diversas formas do sagrado na evolução dos tempos.
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