Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

Saldo do TSE: Saiba como Ricardo Coutinho ficou inelegível nos processos do Empreender e PBPREV sob argumento de abuso de poder


11/11/2020

Na imagem, o jornalista e analista político Walter Santos (Portal WSCOM)

Ainda repercute intensamente o saldo das votações do Tribunal Superior Eleitoral na terça-feira, 10, quando por ampla maioria, ou seja, 6 a 1, a Corte determinou a inelegibilidade do ex-governador Ricardo Coutinho nos processos do Empreender e PBPREV por comprovado abuso de Poder. Embora a campanha socialista e o próprio Ricardo insistam em argumentar que em nada afeta a candidatura, é duro constatar que a resistência é pífia e sem nenhum efeito eleitoral concreto, posto que só resta a evidência de uma narrativa sem êxito.

Faltando poucos dias para a votação, a decisão do TSE significa a implosão de um projeto político, que já imenso, enorme, agora desfeito por várias razões, isto sem contar com a Operação Calvário – um Tsunami que a ideologia em nome do significado Lawfare ignora graves e demolidora documentos nos autos .

CASOS NO TSE
No caso do Empreender, por exemplo, é preciso registrar a luta solitária do advogado Harrison Targino sustentando a tese de excesso abuso de Poder com uso da máquina estadual para favorecer sua reeleição, cujos argumentos na esfera estadual terminou com o resultado de 4 a 3 em favor do ex-governador sendo reformulado pelo TSE em 6 a 1.

No processo, o advogado provou que sua tese teve a mesma posição do Ministério Público Eleitoral ouvindo diversas pessoas, na ordem de 100 no Estado, comprovando uso da máquina às vésperas da eleição distribuindo R$ 27 milhões sem critérios, mas o TRE/PB resolveu só aplicar multa.

CASO PBPREV – Sustentou durante todos esses anos o advogado Harrison Targino que houvera outro crime eleitoral no caso PBPREV quando a Previdência fora usada para pagar benefícios até a véspera da eleição com empenho publicado no Diário Oficial comprovando o uso da máquina administrativa estadual.

Enquanto na esfera estadual, o TRE considerou normal os documentos comprobatórios do uso da máquina, o TSE reformulou por 6 a 1 a decisão regional tornando mais uma vez o ex-governador inelegível.

SÍNTESE
A realidade política e jurídica em curso atesta momentos de muita agonia e afetação direta no plano da Esquerda em nível local, regional e nacional.

Os efeitos de tudo em curso e ainda por vir desmantela os avanços progressistas junto à população que já ensaiava o coro de Ademar de Barros, agora nulo de direito.


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