Geral

Saídas para um Mundo Melhor


27/07/2015

Foto: autor desconhecido.

              Ao assistir o noticiário nacional e internacional a atual carga negativa de informação é sem dúvida capaz de afetar a saúde do telespectador. Botar pra baixo, mesmo. Fazer refletir que estamos diante de uma situação irreversível. Isto não é verdade. Estamos na verdade passando uma crise, uma readaptação de estratégias, correção de ações em busca de saídas de mercado. Enfim, o dinheiro circula, as pessoas se mobilizam, trabalham, consomem, tem suas necessidades naturais cotidianas.

Observando aqui e acolá, os governos tem enfrentado todo tipo de problema enquanto técnicos se esforçam para apresentar soluções. A crise da Grécia que arregimentou toda a Europa e reflete no mundo. As guerras, a violência, as catástrofes naturais, epidemias, secas prolongadas, e tudo o mais. Ou seja, a economia de vida carece saídas para sobreviver.

No âmbito menor, regional, observamos porta a porta que se estruturam mercados informais com venda de pequenos objetos, alimentos, serviços. Desde brownies, casadinhos, sucos, perfumaria, design, confecções, cabelo, mãos, pés, cuidados veterinários, dentista popular, o velho hot dog com guaraná grátis, detergentes, aplicação de injeções, massagens indianas, aulas de reforço, comida caseira, ao que você imaginar.

Redes internacionais se formam para oferecer hospedagem barata e confortável em casas de família, troca-troca de roupas e acessórios são ofertados com auxílio das redes sociais, enfim… O portfólio de produtos e serviços se amplia cada vez mais

Como não bastassem grupos tem se organizado para compras coletivas, passeios, turismo, negócios. Recentemente um desses grupos desportistas se propôs promover passeios ciclísticos beneficentes com filmagem e divulgação para convocar e sensibilizar a sociedade e empresas em campanha para ajuda ao hospital do câncer. Uma grande empresa de serviços e fornecimento de energia, a Energisa, na Paraíba, propõe doações via conta mensal, no valor mínimo de apenas R$1,00. Basta o usuário autorizar e este valor será revertido em obras sociais de manutenção de hospitais.

Muito outros grupos estão reunindo no sentido de aproveitamento da boa vontade, de reforçar a solidariedade humana no cenário universal. São mais de 140 milhões de pessoas no trabalho voluntário em todo o mundo segundo estudo da Universidade John Hopkins, de Baltimore (EUA), citado em relatório oficial divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o programa Voluntários das Nações Unidas (VNU). O estudo analisa a situação em 36 países e estima que a contribuição econômica desses voluntários seja US$ 400 bilhões por ano, 1,1% do PIB – Produto Interno Bruto de cada país.

Se você, leitor, fizer uma análise e calcular que um simples convite a cada amigo da sua lista é capaz de movimentar e contribuir com uma feira mensal para ajudar alguém miserável no mundo, perceberá que as crises existem, mas as saídas estão todas ai à disposição. Empresas solidárias, pessoas que se juntam em grupos de ação social e outras atitudes são capazes de mudar o mundo. É bastante querer enxergar saídas para um mundo melhor.

Gil Sabino é jornalista e gestor de marketing. g.sabino@uol.com.br


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