Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Ricardo reinventa José Maranhão


12/06/2010

Foto: autor desconhecido.







BRASILIA – Estava neste sábado em conversa de bastidores com Ilmar Franco, referência de jornalista de O Globo falando sobre a realidade eleitoral no Pais, quando uma voz começou a se sobrepor com discurso à lá Ditadura. Cá, com meus botões, pensei de cara: só pode ser saudosista.

Dito assim, nos atentamos à fala do dito cujo que vinha a ser o governador José Maranhão. Ao lado de Temmer, todo poderoso da Vice-Presidência, o governador da Paraiba fez um reexame da vida histórica nacional lembrando a importância do PMDB na conquista atual e, antes, da redemocratização.

Sem o PMDB, repetiu Maranhão, não teria havido abertura política em tempo tão curto abrigando tantas diferenças, algumas delas surgidas na sequencia em nome de PT, PSDB etc.

Maranhão embalou. Pegou como se estivesse em primeira descendo a ladeira: historiou as grandes lutas e na sequencia enfatizou a importância do PMDB na adoção das políticas sociais a partir do Programa do leite no Governo Sarney. Depois entrou no projeto da agricultura, etc, até chegar à seguinte declaração: “o PMDB não é caroneiro, pois assume projetos mesmo antes quando era de tamanho pequeno, como foi o inicio da candidatura da ministra Dilma, hoje consolidado com a opção do Brasil”.

Na prática, Maranhão utilizou todo um conjunto de discurso  ideológico e conjuntural que, antes, só Ricardo Coutinho poderia usar, mas já agora está sendo superado pela agilidade do velho guerreiro líder do PMDB e sua coerência.

E isto faz a diferença, porque alguns lideres nacionais do PT diziam nos bastidores que é impossível ignorar a importância da repaginação e história de Maranhão antes, hoje.

Em síntese, pelo prisma da luta democrática, da história progressista e de resultados, certamente que nessa disputa Maranhão tem mais cancha do que Ricardo para apresentar porque sabe conjugar o verbo com a afirmação do tempo para avançar e não retroagir..

Se tudo isto é verdade, Maranhão está reinventado pela pressa de Ricardo Coutinho, seu companheiro em 2004, 2006 e 2008 – reforçado pelo fator histórico e politico, porque, no mais,  Ricardo tirou do rumo sua possibilidade de novidade, agora longe do natural e da razão.

 


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