Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Ricardo e o Símbolo de Niemayer


10/04/2007

Foto: autor desconhecido.

Um dia, quando o mundo quiser conhecer toda a obra de Oscar Niemayer, vai precisar se dirigir também até o Ponto Mais Oriental das Américas para identificar um dos últimos monumentos do imortal arquiteto, cidadão do mundo. Foi a ousadia do prefeito Ricardo Coutinho quem produziu essa marca.

Antes dele, pelo que me consta, somente o imortal governador Antonio Mariz fez o mesmo. Lembro bem pois era Secretário de Comunicação do insuperável Mariz. Quando vivo mandou o mestre Carlos Pereira de Carvalho às pressas ao Rio de Janeiro para conseguir junto ao Mestre da Arquitetura um projeto para o Centro Cultural que pretendia construir em Sousa – seu berço das primeiras grandes batalhas.

De pronto, Niemayer mandou dizer a Mariz que topava fazer o desenho e o fez em papel que o ex-governador exibia com orgulho. Chegou numa de suas poucas horas de euforia em vida, mesmo porque já vivia estágio de vida frágil, perto da morte.

Com pausada, mas dizendo-se muito alegre, determinou: ‘Corra, procure todos os jornais e anuncie esse grande feito, essa grande conquista de nosso povo pois não é todo dia que se tem um Niemayer disponível perto de nós”.

Ordem dada, missão cumprida, mas com a morte de Mariz se foi também o projeto de dimensão global instruída pelo digno filho de Dona Noemi, marido de Mabel.

Desculpem-me por esse arrazoado preliminar, antes de distinguir por mérito o gesto do prefeito Ricardo Coutinho. Mesmo diante do sentimento madrasto que tanto insiste em se instalar nos corações de pessoas ilustres de João Pessoa, eis que, ontem, deflagrou-se enfim a inserção da Capital paraibana no roteiro internacional das grandes obras de Niemayer.

Por convicção, antes de mal juízo, sou favorável a que a Prefeitura como gestora publica exerça o processo de permissibilidade e concurso envolvendo mais arquitetos mas, paciência, como diz a norma, em toda regra há de fato exceção.

Em síntese, o “Mago” trouxe para perto de nós todo o futuro olhar do mundo, sobretudo, nesse marco geográfico que, agora, terá uma referência à altura de sua história.

Em tempo

Há de ser dito como forma de se fazer justiça que em torno dessa articulação e manobras para fazer Niemayer o autor do projeto arquitetônico da Estação Ciência há o sopro continuo do arquiteto Luciano Agra.

Ainda bem.

Ainda Zé Ramalho

Vejo que a carreira vitoriosa do mitológico Zé Ramalho se mantém produzindo vôos razantes na convergência do aparentemente distante, seus novos parceiros de CD.

Também com isso atrai desgostos, ou gostos amargos, mesmo partindo da sabedoria conservadora a não aceitar o novo.

Bobagem, Zé será sempre o mesmo com ou sem adereços quaisquer.

Última

“O nome/ a obra imortaliza…”


O Portal WSCOM não se responsabiliza pelo conteúdo opinativo publicado pelos seus colunistas e blogueiros.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.