Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Ricardo Coutinho: História, identidade, saldo e futuro


31/12/2015

Foto: autor desconhecido.

Nos anos 60, um poeta popular de nome Mocidade, amigo e morador da casa do governador João Agripino Filho, foi flagrado pelo próprio chefe do executivo, um homem austero, capaz, em plena greve dos servidores estaduais em meio ao agrupamento defronte ao Palácio da Redenção. Uma surpresa imensa para o líder político, que foi tomar satisfação com a cena tendo Mocidade saindo-se com esta: “Governo é pra sofrer”.

Não há definição mais precisa do que, sem dotes filosóficos nem instrução da ciência social, professou o poeta popular. É assim mesmo, “Governo é pra sofrer”.
Antes de chegar à análise sobre a performance do governador Ricardo Coutinho nestes últimos tempos, lembro que o atual mandatário tem muito a ver com o perfil de João Agripino: sério, de poucos sorrisos, mas com domínio de gestão singular, realizador, obreiro e de postura corajosa, doa em quem doer.

A PERFORMANCE DO MAGO

Antes de mais nada, é preciso admitir e lembrar que cabe, sim, à Oposição – no caso da Paraíba liderada pelo senador Cássio Cunha Lima se queixar, criticar, etc o Governo, pois faz parte do processo democrático, entretanto, apesar dos amuos e das caras feias, se faz também importante comparar os processos e gestões para gerar um conceito mais preciso sobre quem é quem, neste caso sobre o desempenho do governador Ricardo Coutinho na relação com outros governantes.

É certo que ele não agrada a muita gente, que pode não satisfazer a setores localizados, como do Fisco, IPEP, etc, mas ninguém pode tirar do chefe do executivo o saldo de uma gestão de resultados.

Aliás, se fizermos uma comparação exata, longe das torcidas, será preciso admitir que o resultado de gestão de Ricardo em relação aos demais passados está muito mais consistente, sobretudo na gestão em si.

A EXPANSÃO DA IMAGEM PARA FORA

Queiram ou não, 2015 serviu para Ricardo ampliar sua imagem fora do Estado, em especial Brasilia e São Paulo porque soube e teve coragem de assumir posições difíceis nas horas em que mais a Democracia, o Estado de Direito e o Governo Dilma precisavam.

Nas três maiores fases da crise, o governador paraibano foi um articulador fundamental entre seus pares do Nordeste levando a Dilma a força política indispensável à superação do difícil momento político, que quase apeava a presidenta do Palácio do Planalto.

Os governadores do Nordeste (e RC cumpriu papel importante na articulação) foram decisivos na manutenção da Governabilidade do País.

Grande e forte Nordeste!

Por estas e outras, o governador ainda será muito citado de agora em diante. Não é à toa que lembro bem da alta repercussão que ele obteve quando da primeria entrevista concedida a uma emissora de São Paulo com espectro nacional, a REDETV, quando tive o privilégio de estar com os diretores naquela ocasião.

OS DADOS REAIS

Antes que faça o juízo de valor próprio, me acosto ao novo levantamento pelo G1, do Sistema Globo, sobre os governadores, suas promessas de campanha e resultados concretos.

Ricardo Coutinho ficou entre os três melhores avaliados no Brasil em escala maior somente conquistada pelos governadores Rui Costa e Geraldo Alkmin, da Bahia e São Paulo, respectivamente.

Trocando em miúdos, ele tem posto em prática o programa prometido em campanha, diz o levantamento.

DE ONDE SE CONCLUI

O fato é que, mesmo considerando os problemas na Segurança, por exemplo – fato real, mas não exclusivo do Estado, o Governo age prendendo e desarticulando quadrilhas, grupos, etc, só que este é um problema endêmico, além do espectro local porque sofre influência de bandidos de fora.

Seja como for, Ricardo Coutinho dá demonstrações de ser um Gestor capaz, de resultados concretos e aí briga com a realidade quem quiser.

ENFIM

Perdoem-me pela linguagem, mas lá no bairro da Torre os meninos tratam personagens com Ricardo dizendo assim: “o Mago é phoda com PH de Pharmacia”.

ÚLTIMA

“Este ano/ quero paz no meu coração/
Quem quiser ter um amigo/ que me dê a mão…”
 


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