Geral
Reflexos de Cássio, RC, Maranhão no carnaval
19/02/2007
Foto: autor desconhecido.
Antes que apressados corram para fazer juízo de valor pervertido a serviço do mal crítica pura e/ou da bajulação na outra ponta é preciso dizer, previamente, que não há nada de anormal atestar a presença do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, no Galo da Madrugada, sábado, durante as comemorações dos Cem Anos do Frevo.
Cássio é amigo pessoal do governador Eduardo Campos tem ótimo relacionamento com o prefeito do Recife, João Paulo, portanto, nada mais natural do que estar presente numa data importante, como a do Centenário do Frevo.
Há, entretanto, que merecer uma análise não sobre essa condição de folião reconhecido na foto, mas por que de sua ausência no carnaval daqui, do Folia de Rua, Muriçocas, etc, onde, duvido que isso aconteceria se a eleição fosse este ano?
O governador, talvez movido por receios de reação do público por não ter contribuído absolutamente com nenhum recurso financeiro para o carnaval tradicional não o arrumado de ultima hora pelos prefeitos e animadores e o Folia de Rua tenha decidido ficar fora dessa apariçao público comum em anos anteriores.
Seja como for, é preciso que Cássio se advirta de que com o mundo globalizado flagrantes como o da sua foto no Galo da Madrugada geram conceitos muito mais fortes do que releases distribuídos pela assessoria de que passaria o carnaval em descanso com a família.
Como homem público sensível certamente que não funcionou desta vez a concepção de que a cultura representada no Folia de Rua e Carnaval Tradição este último com aprovação do FIC mereceria uma atenção mínima financeiramente, como no aspecto RP ( Relações Publicas) ele fez bem em ir ao Galo.
Agora, faltar à nossa folia por que?
Antes que apressados corram, volto a repetir: não se justifica também a ausência do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, em blocos importantes do Folia de Rua porque essa ausência ratifica desatenção com nosso carnaval.
No mesmo diapasão registremos também a ausência do senador José Maranhão no mesmo Folia de Rua, fato inimaginável acontecer se estivessemos em ano eleitoral.
Em síntese, nossas lideranças políticas precisam levar mais a sério o trato de nossos valores culturais expressivos, não só quando chega a disputa eleitoral, porque desse jeito a conclusão óbvia dos meninos do bairro da Torre é de que eles só aparecem nessas festividades em busca de voto do povão.
Será? 2008 vem aí para explicar.
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