Muita gente bonita de várias gerações, mas predominando o saudosismo ideológico em torno das canções famosas de Chico Buarque caracterizou no Sábado de Carnaval a concentração do Bloco mais ideológico de João Pessoa, tanto que por várias vezes puxou “Fora Temer” e “Volta Lula”.

Na versão 2018, sexto ano do Bloco criado por militantes e moradoras do Bancários com o Sebo Cultural, o bloco homenageou a fundadora Ana Costa diante de uma multidão, este ano contando com melhor e maior organização tendo Heriberto Coelho à frente e a direção artística do renomado publicitário Alberto Arcela.

Aliás, o exímio produtor e intelectual deu nova roupagem estética a partir da logomarca e estratégia de lançamento da Camisa no Bessa e outras facetas mais de sustentação. Melhorou.

ARTISTAS SE REVEZANDO – O bloco levou ao palco diversos artistas reconhecidos da cidade, a partir de Mirandinha, Seu Pereira, Liss, Poliana , Bellar, Kennedy Costa, Tony Leon tendo a participação especial do grupo “Voz Ativa” regido pelo maestro Luiz Carlos – todos só interpretando músicas de Chico Buarque.

No Bloco, ainda, as presenças de diversos músicos qualificados como Sérgio Galo, Helinho Medeiros, Potyzinho Lucena, Luiz Cachorrão, Teinha, Glauco, Azeitona.

VÁRIOS SÍMBOLOS EM TORNO DE CHICO – As gerações presentes ao Bloco confessam vários sentimentos em torno do reverenciamento ao compositor masculino brasileiro de maior sabedoria no trato dos dramas e quereres femininos.

Muito além do culto também à beleza física do Poeta de olhos esverdeados, como fazem questão de expressar tantas mulheres, o bloco é a essência e simbiose de lembranças e conceitos políticos em fases de lutas passadas pela redemocratização do Brasil, mas tão presente no País atualmente.

Tanto é verdade que o posicionamento político de artistas puxando “Fora Temer” somente de enquadra dentro da irreverência política do Bloco, cuja tez ideológica é visível no “Raparigas de Chico”.

Tenho dito.