Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

“QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM”


24/05/2013

Foto: autor desconhecido.

As contendas existem porque são provocadas. Elas surgem na diferença entre duas pessoas. Na vida todo acontecimento se dá em razão de outros eventos. Assim são as brigas, elas são resultados de discordâncias, divergências, desentendimentos, interesses contrariados, inveja, ambição. As causas de um conflito são todas originadas na competitividade que caracteriza as relações sociais, onde predominam o individualismo e o desejo de dominação.

A maneira de impor controles e exigir obediência é comumente pela força. E quando isso acontece gera descontentamentos, insatisfações, rupturas. Não é sem razão que se avaliam erradamente os provocadores como pessoas fortes.

As explosões emocionais são manifestações de raiva e, portanto, geradoras de brigas. Alguém através de atitudes impulsivas pretende fazer prevalecer sua vontade e parte para agressões. Ao agredido resta reagir no mesmo sentimento de ira, se estabelecendo efetivamente a briga, ou coloca limites na provocação e busca mecanismos de proteção, evitando o conflito.

É recomendável não se deixar contaminar pela raiva alheia, nem se dispor a ser presa fácil de emoções negativas. Não se trata de tornar-se passivo diante de agressões, mas de se posicionar de forma racional quando se percebe que o motivo da provocação é conseqüência de eventuais sentimentos de mau humor e raiva.

Na linguagem popular equivale dizer “não entrar no jogo do provocador”. Recuos estratégicos muitas vezes são condutas determinadas pela inteligência e frustram quem quer se valer da disputa ou da briga, para ter ganhos em detrimento de outros.

Vale a pena aprender com a sabedoria popular, e pensar duas vezes quando incitados a entrar numa luta, “quando um não quer, dois não brigam”. Terminam vitoriosos os que não entram na briga.

* Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados e provérbios)”
 


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