Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

Quando o Flamengo conquistou o mundo


05/02/2016

Foto: autor desconhecido.

 

13 de dezembro era um dia considerado, por nós brasileiros, uma data que desejávamos esquecer, pois só fazia nos lembrar do AI-5, quando nosso país mergulhou efetivamente no seu mais sombrio período de sua história. Até que os deuses do futebol nos deram uma motivação para festejar essa data. Numa tarde japonesa de 1981, em Tóquio, podemos festejar a glória de ter mais uma vez um time brasileiro campeão mundial interclubes: o Flamengo.

Na madrugada daquele dia acordei ansioso, com o coração na mão, na expectativa de acompanhar o jogo que apontaria o campeão do mundo interclubes. Vesti minha camisa rubro negra e fiquei na espera de que a partida se iniciasse. O nervosismo tomava conta de todos nós que formávamos a grande nação flamenguista.

O estádio recebia um público de mais de sessenta mil expectadores. Os adversários eram os esnobes ingleses da equipe do Liverpool, que cantavam vitória antecipadamente. Nosso time entrou em campo com a seguinte formação: Raul, Leandro, Marinho, Moser e Junior; Andrade, Adílio e Zico; Tito, Nunes e Lico. O técnico era Paulo César Carpegiani.

Nos primeiros lances da partida o Flamengo já demonstrava que estava ali para dar um show. Logo aos treze minutos, o grito de gol se fez ouvir por todo canto. Era o primeiro, marcado por Nunes. Os outros dois vieram ainda no primeiro tempo. No intervalo já vencíamos por três a zero. Dali para a frente foi um passeio. O melhor time da história do Flamengo, escrevia seu nome na história do futebol mundial.

O apito final fez com que no país inteiro os torcedores fossem às ruas comemorar esse feito extraordinário, enchendo a todos nós de orgulho e alegria. Desde então nunca mais considerei o dia 13 de dezembro uma data fatídica. Pelo contrário, celebro a maior das conquistas do meu time de coração. Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.


 


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