Lembrando uma passagem bíblica muito comentada pela filósofa Maria Júlia, lá no bairro da Torre, eis que prestigiando Eclesiastes seguramente precisamos admitir que na vida “de fato há tempo para tudo”.

Esta é síntese do momento vivido pelo Ministério Público Estadual no qual a performance do atual Procurador Geral de Justiça, Antônio Hortêncio, obtendo 94% dos votos dos seus pares na recente consulta, traduz o reconhecimento interno da categoria em que é possível combater desvios, valorizar o segmento, defender princípios sem pirotecnia.

Nossa análise em absoluto insulta momentos passados de visibilidade pública sobre situações graves na máquina pública, mesmo reconhecendo que na fase atual do país e do estado preserva-se o zelo com a licitude, o combate à corrupção sem o modus operandi de outro tempo.

A rigor, a performance do processo eleitoral revela o amadurecimento do Ministério Público Estadual pelo modelo e perfil do atual Procurador de fazer mais, sair até mais tarde do expediente apagando a luz, defender as causas do segmento sem necessariamente viver de discurso comum em campanha.

O estilo de Antônio Hortêncio preserva princípios de fortalecer o papel determinante do MPE, agora a esperar o veredicto do governador João Azevedo que, em tese , deve manter o recado surdo das urnas até porque ele assim tem agido em casos pretéritos.

Em síntese, o MPE sai enfim mais robusto para cumprir sua prerrogativa constitucional de zelar pelo bem público. Ainda bem.

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“O nome/ a obra imortaliza”