Passei de Level

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Mulher

Presença feminina nos Esportes Eletrônicos: Agosto Lilás


21/08/2021

Fonte: (Envato Elements) https://passeidelevel.com

Antes de mais nada, estamos no “Agosto Lilás”. Mês dedicado ao combate da violência contra mulher. Infelizmente, apesar da presença feminina nos esportes eletrônicos  ser  expressiva, ainda enfrentamos uma grande barreira de aceitação de mulheres em meio a comunidade dos video games. Atualmente ainda existem organizações de eSports que não as aceitam pela condição de serem “mulheres em seus times”,  bem como ainda existe um grande número de casos de assédio as mesmas dentro da indústria dos games, como mais recente estourou o caso dos funcionários da Actvision Blizzard.  Contudo a  presença feminina nos esportes eletrônicos cresce a cada dia. Hoje, trago algumas curiosidades que merecem ser aludidas sobre as mulheres nos eSports.

Mulheres notáveis na história dos games

Primeiramente, torna-se bastante presente a ênfase da participação masculina nos feitos do meio gamer. Mas, existe grande colaboração feminina, que para muitos não passa de fatos desconhecidos. Por isso, conheça agora algumas das mulheres que fizeram história no cosmo dos jogos eletrônicos:

Carol Shaw

imagem wikipedia

O início de desenvolvimento dos games começou por volta da década de 50, dentro das universidades, duas décadas após surgiu a programação dos jogos.

No entanto, no meio da programação gamer só surgiu a primeira participação feminina oito anos mais tarde, em 1978. A californiana Carol Shaw é a primeira mulher da história a trabalhar com desenvolvimento de games, e foi a única dentro da equipe. Shaw é criadora de um dos jogos mais famosos da história: o River Raid, jogo do console Atari 2600, foi lançado em 82 e vendeu mais de um milhão de cópias no período de lançamento.

Além disso, embora tivesse que lidar com alguns comentários maldosos, por ser mulher, Shaw jamais deixou de protagonizar, fazer seu legado no mundo gamer e representar as mulheres.

Dona Bailey

imagem wikipedia

Outra intérprete da presença feminina nos esportes eletrônicos é Dona Bailey. Ela é programadora de videogames, entrou para a Atari na década de 80, e em conjunto com Ed Logg lançou o Centipede. Nesse sentido, o jogo entrou para o ranking entre um dos quatro jogos arcades de maior bilheteria do período nos EUA, também vendeu mais de um milhão e quatrocentos mil cartuchos entre seu ano de lançamento e o posterior.

Dona se afastou do mundo dos games após o sucesso de Centipede, na época afirmou seu afastamento devido às críticas e pressões masculinas.

Em suma, não só Centipede entrou para a historia, mas também Dona Bailey como a primeira mulher a projetar um jogo de fliperama.

Yoko Shimomura

imagem wikipedia

Street Fighter é um clássico dos jogos eletrônicos de lutas, mas, por trás de um dos clássicos da série há uma grande contribuinte, Yoko Shimomura, uma das maiores compositoras de trilhas sonoras de videogames.

Shimomura compôs músicas para diversos jogos, bem como Kingdom Hearts,  Mario & Luigi: Superstar Saga, Front Mission e Legend of Mana.

Porém, Yoko teve oportunidade de ornar ainda mais seu trabalho ao criar a trilha sonora de Street Fighter II, que é uma das músicas de games que ultrapassa gerações e garante seu lugar no podium da história dos games.

Mulheres na atualidade dos jogos eletrônicos

A princípio, ainda há assédio, preconceito e o desmerecimento feminino dentro dos jogos eletrônicos, que são vistos muitas vezes como “hobby masculino”.  Muitas vezes as mulheres preferem ter que esconder seu gênero para não sofrer importunações nos jogos online.

Porém, não há impasses que impeçam as mulheres de marcar sua notoriedade com a visibilidade feminina. As mulheres representam mais de 61% dos jogadores de jogos onlines e 23% dos jogadores hardcore gamer, segundo a Pesquisa Game Brasil (PGB).

Contudo, embora sejam a maioria entre os jogadores, percebe-se que a inclusão das mulheres em campeonatos de eSports tem uma dessemelhança em números muito grande.

Streamers Brasileiras que contribuem para presença feminina nos esportes eletrônicos

Por fim, a jornada feminina no âmbito games ainda é  longa e fatigante. Contudo, há muitas heroínas por trás dessa historias. Relacionamos 3(três) das mais famosas streamers brasileiras . Hoje em dia há diversos canais para fazer streamings de jogos eletrônicos, e o  Brasil tem várias figuras femininas que se dedicam à esse trabalho:

Bárbara – Babi

Babi é uma streamer da LOUD e a de maior sucesso no Brasil.

Dentre os jogos que transmite em suas lives, estão inclusos GTA RP e Free Fire

 


Bianca Lula

Bianca faz streamer de League of Legends, e já foi streamer da paiN Gaming.

Hoje , é streamer da LOUD, apresentadora e influencer digital.


Paula Nobre

Paula é streamer da Furia e faz lives de Valorant. Ela  dedica por volta de 12h de seu dia às suas lives.

 


 

Projetos que buscam a inserção das mulheres nos esportes eletrônicos

Em sessão especial na Câmara Municipal de João Pessoa, em alusão ao Agosto lilás, mês em que se destaca o combate a violência contra mulheres, Pryscilla Dora, CEO da Plataforma Onze e co-fundadora do Instituto Acuña, anunciou projeto pioneiro no Brasil que buscará inserir ainda mais as mulheres nos esportes eletrônicos.

 

Passei de Level – Desenvolvendo Futuros Atletas.

Antes de mais nada, o projeto em questão trata-se do Passei de Level – Desenvolvendo Futuros Atletas, ao qual obteve aprovação com pioneirismo no Brasil, na Lei de incentivo ao Esporte. Nesse sentido, foram aprovados mais de R$800.000,00 (oitocentos mil reais) para captação e investimentos nos esportes eletrônicos em João Pessoa. O projeto tem como sua premissa maior a inclusão digital de jovens que estão em situação de vulnerabilidade social, aproximando-os do mercado dos jogos e capacitando-os. Ainda assim, será destinado 50% (cinquenta por cento) ao público feminino.

Distribuidoras de jogos na luta contra o sexismo estrutural da comunidade gamer.

De antemão, como já enfatizado as mulheres já estão inseridas dentro do mercado de jogos eletrônicos. Quer seja em cargos de chefia dentro da grandes produtoras de games, quer seja dentro do próprio cenário competitivo de times dos esportes eletrônicos. Contudo, as coisas ainda não andam nada fácil para as mulheres nos esportes eletrônicos . Haja vista que ainda são inúmeros os relatos de mulheres que sofrem assédio, importunação sexual, machismos, desigualdade salarial…dentro dos games ou nas empresas em que trabalham. Recentemente, um escândalo de assédio sexual envolvendo os funcionários da Activision Blizzard veio a público, ocorrido há mais de 2 (dois) anos no principal evento anual da publisher, a BlizzCon

A Riot Games, produtora do League of Legends, o moba mais popular da atualidade, já estuda montar uma liga exclusiva para times femininos, bem como instituir uma modalidade de times mistos.

O famigerado FPS mobile, Free Fire, também já possui centenas de times femininos espalhados por todo Brasil, que competem com seus squad em pé de igualdade com os grandes times masculinos


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