Rômulo Polari

Professor e ex-reitor da UFPB.

Geral

Por uma Paraíba próspera


09/01/2015

Foto: autor desconhecido.

O governador Ricardo Coutinho iniciou o segundo mandato. É normal que com o novo governo renasçam esperanças. A Paraíba merece um governante com o entusiasmo cívico e o fogo sagrado de quem quer fazer algo historicamente relevante.

As agruras socioeconômicas dos paraibanos vêm de longa data. Essa realidade é um desafio para quem quer mudar e colocar no rumo certo a vida política local. Na Paraíba, a arte de governar, embora com algum avanço recente, tem que se inspirar na criação de uma perspectiva real de desenvolvimento.

O desenvolvimento da Paraíba não acontecerá espontaneamente. A sua economia é muito pequena e débil. Sem uma competente atuação do setor público, principalmente do Governo Federal, continuará sendo o elo fraco do capitalismo brasileiro.

É preciso, porém, abordar o Governo Federal de forma contemporânea. Isto se faz com um projeto de desenvolvimento dotado do necessário respaldo político e técnico-científico. Já se foi o tempo de demandar recursos federais, ou financiamentos a órgãos nacionais e internacionais, de forma pontual e sem boas justificativas custos/benefícios sociais.

O que fazer para a superação do atraso da Paraíba? É indispensável entender as suas causas e como combatê-las com eficiência. É primordial reconhecer que o papel do Governo do Estado é importante, mas o desenvolvimento estadual depende essencialmente do dinamismo do setor privado.

É alentador saber que a Paraíba dispõe de condições para ter um setor produtivo privado pujante. Isto é válido para as atividades primárias, secundárias e terciárias, enquanto fundamento a um potente processo de crescimento econômico.

Para o setor agropecuário, mesmo no semiárido, há terras irrigáveis, de boa qualidade, dotadas de recursos hídricos, nas cidades de Sousa, Pombal, Catolé do Rocha e Cajazeiras. Ali pode florescer um próspero e competitivo complexo produtivo agrícola voltado para todo o Estado e com um grande poder de exportação.

O setor industrial paraibano nunca foi objeto de uma política inovadora. É possível torná-lo maior, mais avançado e dinâmico, nas indústrias extrativa, da construção civil e de transformação. Nesta, especialmente nos gêneros têxtil, alimentos, bebidas, farmacêutico, vestuário e calçados, minerais metálicos e não-metálicos, automobilístico, energias renováveis, gráfico e sucroalcooleiro.

Os negócios do setor de serviços paraibano serão favorecidos, com o êxito dos setores agropecuário e industrial. O mesmo ocorrerá sob os efeitos da expansão factível do turismo. No segmento turístico e hoteleiro, a Paraíba pode dar um grande salto. Pode aspirar, também, ser um polo de serviços modernos, com base nos recursos humanos, ciência e tecnologia de suas universidades.


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