Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Por que Maranhão corre risco


13/03/2007

Foto: autor desconhecido.

São Paulo – Se há uma constatação inequívoca na política da Paraiba, esta constata que, na contemporaneidade, o senador José Maranhão é imbatível, insuperável enquanto liderança da Oposição e, muito especialmente, no PMDB – onde exerce o comando soberanamente.

Volto ao assunto, mais uma vez, em face das dezenas de ligações recebidas de todo o estado, e fora dele, apontando para sério risco em torno do senador Marnhão por conta de sua insistência, ao mesmo tempo teimosia, de querer fazer seu sobrinho, ex-deputado federal Benjamim Maranhão, presidente do PMDB de João Pessoa.

A maioria dos lideres partidários já manifestou à Coluna em conversas isoladas ou em grupo que não vai aceitar a imposição de Beijinha, como na intimidade é tratado, por vários fatores entre os quais, e principalmente, a inexistência de vinculo político com João Pessoa.

Na ótica, inclusive de amigos do senador hoje acompanhando os fatos à distância, está evidente que o senador quer “ fazer mea culpa”, isto é, compensar a guilhotina que adotou na campanha passada contra seu próprio sobrinho ao exigir sua renúncia numa eleição assegurada para a Câmara Federal por conta dos Sanguessugas (não provado), chegando agora a insistir na tese de fazê-lo presidente do PMDB da Capital.

Pela ótica da maioria dos pemedebistas, históricos ou não, há um excesso perigoso nessa estratégia, mesmo levando em conta a premonição (inexistente?) do senador de que poderia vir a ser governador ainda este ano na hipótese de cassação do governador Cássio Cunha Lima.

Ora, em qualquer das circunstâncias, Maranhão está ignorando a asfixia que gerou em fechar questão numa alternativa familiar para o PMDB de João Pessoa, a não ser que trabalhe a hipótese de querer ver Benjamim vice de Ricardo Coutinho em 2008, o que até hoje nunca foi assumido, só que nessa parada tem mais gente, algumas até com mais história com as lutas do partido e da capital.

Se é assim, indaga-se, o senador vai mesmo insistir no fosso que está criando com seus próprios pés ou democratizará o futuro do partido não o fazendo extensão familiar?

Bom, o maior líder do PMDB, é quem fará a opção do futuro a enfrentar sabendo desde já que, em determinados casos, recuar às vezes significa avançar muito mais.

Do contrário é solidão na certa.

Por onde anda Ney

Quem pensa que o ex-senador Ney Suassuna está inteiramente fora do baralho é bom ir tirando o cavalo da chuva porque ele anda até antenado demais com as coisas do partido e da politica como um todo.

A amigos, ele incorpora o sentimento e conclusão de que é preciso partilhar o poder do PMDB, mesmo não querendo enfrentar o senador Maranhão no atual estágio.

Entrou no circuito da articulação com desejo de quem está só começando a agir.

A CBF e a Paraíba/b>

Quando menos se esperava eis que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, anuncia presença em João Pessoa para almoço de trabalho com o governador Cássio e dirigentes do futebol paraibano.

Chega com a perspectiva de investimento na área futebolística nacional dentro da seara estadual, isto na perspectiva de sediar eventos de grande envergadura, desde que com acenos e apoios de alguns parceiros, entre os quais o Governo.

Soube dessa informação na segunda-feira com grande amigo (e estrategista) em Salvador.

Novo cenário

A despedida do juiz Alexandre Targino nesta terça-feira motivou discursos eloquentes de aplausos à atuação do magistrado, da mesma forma que produziu algum tipo de ´suspiro´ em quem não concordava com a conduta processual do douto magistrado.

Alexandre Targino bateu de frente com argumentos e posições de advogados do Governo, tanto que foi instado a se defender de algumas ações acusado de suspeito em materias eleitorais em face de seu sobrenome estar ligado ao principal Opositor do Governo, senador José Targino Maranhão.

Repercussão

Vejam o que disse o procurador José Guilherme Ferraz: “O fato de atuar no Ministério Público me permitiu o privilégio de tê-lo em convívio
mais aproximado em vários momentos, seja na Corregedoria Regional Eleitoral, junto à Escola Judiciária ou no preparo da eleição. Para ele, para sua história de vida, a
passagem pelo tribunal foi muito marcante, mas isso é recíproco para todos aqueles que puderam conviver com ele e para a instituição, para a história do Tribunal Regional da Paraíba”, disse o Procurador Regional Eleitoral.

A falta do Juiz
Eis o que pronunciado pela lavra do próprio Alexandre Targino quando de sua despedida:
“É na família que eu encontro força, coragem, paz, para poder desempenhar as minhas funções como desempenhei neste tribunal, com o mesmo entusiasmo, desde o primeiro dia, até o último dia”.

Contra-reação

Mesmo sem ninguém assumir publicamente, em setores dos bastidores da cena juridico-eleitoral ouviu-se algo mais ou menos assim:

“Já vai tarde”.
Para bom entendedor basta.

A resistência de Buda

Do indomado e relutante ´neo-cajazeirense-torrelandês´ Buda Lira, recebo e-mail próprio das grandes lutas em favor da cultura pessoense. Mesmo estando em pairagens da ´Paulicéia Desvairada´ percebo o olhar cuidadoso do dito cujo.
O documento entregue ontem na Assembléia propõe:

1) mudanças na composição da Comissão do FIC augusto dos anjos e do Fundo Municipal de Cultura de João Pessoa, na busca da imperssoalidade e da transparência na análise e julgamento de projetos inscritos; 2) luta por mais recursos e foco no conceito dos editais, considerando pesquisas da cadeia produtiva da cultura, visando equilibrar o investimento a cada ano, principalmente o investimento em infraestrutura(equipamentos, espaços físicos em cidades onde não existe qualquer centro ou núcleo cultural), e qualificação de mão de obra para o setor; 3) mudanças na composição do Conselho Estadual de Cultura e implantação do Conselho Municipal de Cultura de João Pessoa.   
 
Aliás, o documento está assinado inicialmente pelo Quinteto Brassil, Grupo Artesanal/Bloco Cafuçu, Associação Brasileira de Documentaristas, Cia Paraibana de Comédia, Grupo Bigorna de Teatro e Associação dos Artistas Plásticos da Paraíba.

Luiz catolaica

Nos três últimos dias, tivemos o contentamento de ser hóspede do internacional artista de nome Chico César. Foram muitas horas de conversas futuristas, outras saudosistas, envolvendo muita gente e histórias tanto que imagino ter existido muitas orelhas esquentadas por nossa fala do bem.

Chico vive um ótimo momento na vida, com produção qualitativa e projetos no mesmo nivel.

Em abril deverá produzir novo show com o Quintento Paraiba, Xangai e o filho de Elomar. Também deverá participar de gravação da BBC de Londres em maio da qual está confirmado também o cantor e compositor Pinto do Acordeon.

Paletó futurista

Nesta terça-feira, no final da manhã, o Palácio da Redenção, em João Pessoa, registrou a presença de um jovem executivo com alinhado terno de marca italiana adentrando ao recinto da Casa Civil para tratos com o Secretário Carlos Dunga.

Pelos dados do Cerimonial o executivo atendia pelo nome de Pablo Forlan Santos – sujeito com muito futuro na comunicação regional. Ele e o irmão, Vinicius, inteiramente envolvido com a propaganda.

Pelo visto esses netos de Maria Júlia (in memorian), filhos de Maisa, ainda vão conquistar novo mundo.

Umas & Outras

…A Paraíba não pára de produzir advogados de quilate 10. Um desses chama-se Napoleão Casado Filho, hoje inteiramente tomado com mestrado na PUC e com ações no Escritório Caribé (banca de primeira a partir de Pernambuco).

…Em ambiente distinto, satisfação de almoçar com o empresário Lafaitte Coutinho, o executivo Eduardo Teixeira (ex-presidente da Petrobras) e o empresário Roberto Cavalcanti, do Sistema Correio de Comunicação.

… Não tenho dúvidas em afirmar que Giucélia Figueiredo não retornará mais para a Delegacia Federal da Agricultura. A moça anda sonhando com vôos mais altos.

Última

“Bate com pé xaxado/
bate com pé rachado…”


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