{arquivo}Em 1990, quando Ronaldo Cunha Lima derrotou as forças conservadoras da Paraíba, ele foi buscar em João Pessoa por indicação do então senador Humberto Lucena a juventude do empresário Cícero Lucena Filho para seu Vice, sua irmandade política bem resolvida.

Daí em diante os dois viraram “carne e unha”, como se diz lá no bairro da Torre, produzindo a mais forte dupla de parceiros de projetos comuns, a partir da política.

Cicero cresceu e gerou musculatura para ser prefeito dando tão certo no primeiro mandato que venceu fácil a reeleição. Foi nesta fase seguinte que ele relaxou e desfez muito do que havia construído permitindo a existência vitoriosa na sequência de Ricardo Coutinho.

Mesmo com sérios problemas enfrentados com o chamado processo da “Confraria”, Cícero foi eleito senador pela força do então governador Cássio Cunha Lima passando oito anos no Congresso Nacional.

Embora tenha efetivado alguns projetos importantes apresentados no Senado, Cícero não soube consolidar a carreira política no tamanho de antes, pois passou a não fazer mais a tal política de contatos, envolvimentos e presença em todo o Estado.

Foi esta magreza de interesse no envolvimento político que, aliado ao fato de Cássio achar desgastante tê-lo como candidato ao Senado em 2010, optando por uma alternativa caseira, pois tirou Ruy Carneiro da Câmara para ceder votos a outros, criou assim nesta conjuntura a saída de vez de Cicero da política. O desgosto tomou conta do pragmatismo, pois ele poderia ser hoje deputado federal, como9 Jarbas Vasconcelos é em Pernambuco.

Em que pesem muitos fatores para o sumiço de Ciço, como antes era chamado ou de Cabloclinho, seu nome se mantém sendo lembrado na cabeça dos eleitores, segundo pesquisas, e com posição relevante ainda.

Agora resta saber se ele vai se manter no ostracismo ou vai ter coragem de viver os mesmos aperreios de um político de sua estirpe. Só depende dele e de Lauremilia também.