Semana passada, em Brasília, a esperada reunião entre o senador José Maranhão e o deputado estadual Gervásio Filho realizada a pedido do presidente estadual do PMDB, terminou não produzindo nenhuma novidade, como se esperava, na definição do comando do partido em João Pessoa.

Expliquemos: há entre todos os principais lideres intermediários e maiores do PMDB uma expectativa enorme sobre o rumo e composição do PMDB na Capital porque até outubro essa história precisa estar resolvida.

Mesmo assim, o senador Maranhão insiste em não revelar a data em que reunirá todos do partido para acertar de vez essa questão. Há, sabiamente entre os pemedebistas, que o senador tem preferência por Benjamim Maranhão, seu sobrinho, na presidência do PMDB, mas a resistência a essa alternativa é grande, sabe Maranhão.

Como se sabe, diante desse cenário, figuras como Gervásio Maia, pai e filho, Irae Lucena, Trocolly Junior, Haroldo Lucena, Lucia e Wilson Braga têm opinião fechada de que o nome a ser escolhido seja outro, diferentemente do desejo do senador.

Nem me refiro ao ex-senador Ney Suassuna, este apático e distante do processo, como que a mercê do tempo.

Só que, apesar da expectativa, Maranhão estica a corda até onde não se sabe sem revelar os próximos passos desse processo, embora mais dia menos dia isso precisará ser feito.

Por enquanto ele trabalha com o tempo esperando os rumos futuros da política no estado, sobretudo sonhando muito na possibilidade de cassação do governador Cássio – o que, nas suas reflexões, em isso acontecendo e mais na frente tendo ele ascendido ao governo, certamente que casará e batizará do jeito que quiser no partido.

Mas, hipóteses e desejos ao lado, o fato é que o senador insiste em não assimilar que a turma do PMDB está disposta a manter a discordância em torno da composição se a hipótese persistir em torno de Benjamim.

Enquanto nada acontece, o clima é de aguardo mesmo.