Geral
Paraíba em chamas
31/10/2007
Foto: autor desconhecido.
Sem que se apercebesse, de repente a sociedade se viu tomada de grandes fatos políticos envolvendo suas principais lideranças como a gerar um turbilhão de carga e efeitos a merecer uma reflexão mais sensata sobre os rumos de cada um dos lideres na direção do futuro.
Nos últimos dias, tomou espaço nobre a partir da mídia nacional os desdobramentos do caso Gulliver gerando data de julgamento do deputado federal Ronaldo Cunha Lima pelo STF que, na seqüência, decidiu renunciar ao mandato, da mesma forma que denúncias contra a riqueza do senador José Maranhão tomaram páginas e páginas produzindo efeitos ruins para o atual presidente da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional.
Cada caso é um caso, portanto, tratemos um a um distintamente.
Pela ordem, tratemos da situação de Ronaldo Cunha Lima, que promoveu nesta quarta-feira o fato mais importante da atualidade, ou seja, a renuncia do mandato de deputado federal sob a premissa de que assim não seja mais julgado pelo Supremo Tribunal Federal, e sim pelo Tribunal de Justiça do estado pelo atentado contra Tarcisio Burity.
O argumento dos advogados de defesa de Ronaldo é de que ele próprio se dispôs a abdicar de privilégios advindos da imunidade parlamentar passando como conseqüência a ser tratado no âmbito da justiça estadual, através do tribunal de júri.
Mesmo sob protestos do Ministro Joaquim Barbosa e da viúva Glauce Cunha Lima, o fato é que com a novidade apresentada, Ronaldo ganha novo contexto, além de mais fôlego para se apresentar de modo próprio levando emoção ao júri.
Ronaldo repete em texto enviado à imprensa que quer ser julgado, embora já há quem admita que ele possa ser foco central de nova medida de seus advogados na direção da prescrição sumária do processo em face da idade do réu por ter mais de 70 anos.
É difícil tratar do assunto, mesmo porque admitindo o rigor da aplicação da lei diante de um atentado à vida, muitos sabem da índole inversa adotada por Ronaldo ao longo dos tempos, que é de pessoa boa, mas obrigado a encarar a repercussão de um erro/acidente no curso de sua vida nas barras dos tribunais.
De fato, o Brasil está mudando.
O caso Maranhão
Outra situação de repercussão nacional negativa – sem duvidas, com direito a página inteira no jornal Estado de São Paulo, dá conta de reportagem responsabilizando o senador José Maranhão de ter agido irregularmente ao não declarar grande quantidade de bois em sua fazenda no Tocantins.
A matéria, na verdade, traduz bem o quanto a midia nacional está jogando duro com todas as lideranças nacionais que, por algum motivo, disponha de algum fato e/ou registro negativo. É a velha história: em nível de cúpula nacional basta entrar na lista fechada dos notáveis para sofrer investigaçao implacável da imprensa.
O senador se defende dizendo que já se acertou com a Receita Federal, mesmo precisa admitir e levar sua defesa ao conhecimento da imprensa para não ficar o dito pelo não dito diante de uma grave acusação.
Sorte na vida
A renuncia de Ronaldo permite que um jovem político, de pouca formação, passe a usufruir proximamente do mandato de deputado federal.
Recentemente, ele deixou o PFL (DEM) pelo PRB passando a apoiar Veneziano Vital rompendo politicamente com seu pai, Walter Brito. Alias, será mesmo que eles vão continuar brigados?
Independentemente, o DEM já anunciou que vai recorrer à justiça para o mandato ser do partido com base em recentes decisões.
Última
Ai eu vou misturar/
Miami com Copacabana…
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