Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Paraiba desperdiça formação de Medalhistas


18/08/2013

Foto: autor desconhecido.

                                    Para Vera Lucena, Francisco Martins, Ivete Santos e Iran Cordeiro
{arquivo}Quem se dedica ao esporte amador e, hoje, pode construir acompanhamento na formação do atleta com mais instrumentos do que antes sabe que a Paraíba já foi referência na formação de medalhistas, inclusive disputando Olimpiadas, quando soube mesclar com determinação os investimentos táticos e estruturais envolvendo os professores da UFPB com captação de talentos em nossa periferia.

O fato é tão real e verdadeiro que não precisa de muito esforço para rememorar os dados existentes quando a UFPB, através de professores memoráveis a exemplo de Adolfo Carniato, Francisco Martins, ainda quando da gestão de Vera Nóbrega à frente do Departamento de Educação Física, formando atletas campeões, como João Batista Eugênio, jovem do 13 de Maio que conheceu a fama e o pódium internacional.

Cremos que o Reitorado era do professor Antonio de Souza Sobrinho mas, o mais importante à época foi a concretização de um complexo esportivo no qual a UFPB ofertou aos professores visitantes, alguns deles vindo de São Paulo, mesclando conhecimento cientifico com extensão comunitária reforçando o nível do que significou a alta fase da Federação Paraibana de Atletismo – até arrisco a relembrar a fase de Miltão, também atleta e ex-aluno do curso forjando uma fase espetacular do esporte amador paraibano.

A UFPB com seu curso referenciado nacionalmente de Educação Física se transformou em laboratório de nível reconhecido pelo COB e a Confederação de Atletismo porque, como disse, havia simbiose, harmonia e investimentos entre a Academia e comunidade fazendo do Castelo Branco, bairro querido onde morei e me fiz atleta campeão nos campeonatos de Futebol da Universidade Federal ao lado de Tavinho Santos, Deri, Chuinha, Belito, etc cujo técnico Joás Antonio Ribeiro instruído politicamente como lider do Castelo e companheiro do mestre Narcilvo Cardoso – comprovamos o quanto é possível gerar atletas campeões quando se quer.

Ora, se no final dos 70 e inicio dos anos 80 isto fora possível fazendo de João Batista Eugenio disputando medalha Olimpica nos Estados Unidos, por que hoje dispomos de melhores condições estruturais e não sabemos mais manter ou avançar nessa formação fantástica?

Com a palavra a Magnifica Reitora,  Margareth Diniz,  dividindo o desafio com o exmo Sr governador Ricardo Coutinho? Afinal, quando a Paraiba retomará esse estágio se olhamos para o 2016 e pouco vislumbramos como contribuição Olimpica de nosso Estado?

O PAPEL E COMPLEXO DA UFPB

A Universidade Federal dispõe na atualidade de uma Vila Olimpica em fase ainda de conclusão. Falta muito pouco do ponto-de-vista estrutural, mas já o reitor Romulo Polari tinha produzido 80% das condições físicas do complexo, portanto, resta muito pouco para o desfecho.

Só que, a dados de hoje, o Departamento de Educação Fisica está longe de ser o que era na fase da professora Vera Lucena, guerreira, competente e visionário líder da educação desportiva (alô alô Tirone Soares!!!) porque à época havia conexão entre a Universidade e a comunidade a partir do Castelo Branco, bairro a circundar a UFPB.

A filosofia e compromisso dessa geração de professores era atrair e colocar dentro da Universidade os atletas para formação acompanhada dando no que deu, como já disse, fazendo a Paraiba referencia no Atletismo brasileiro.

Aliás, somos referência com atletas de nível de Seleção no Handebol, Futsal, Vôlei, etc sempre tendo a UFPB como centro formador principal, algo que deixou de sê-lo há anos porque mudaram a filosofia e compromisso de convivência com a comunidade.

Seja o que for, com quem for, a UFPB e o Governo do Estado estão desafiados a no mínimo retomar compromisso e filosofia.

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“Confesso que sou de origem pobre/
Mas meu coração é nobre/ foi assim que Deus me fez…”


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