Três fatos sequenciados desta segunda-feira em diante denotam fora do embate político que o clima anda desconfortável nas relações entre Poderes, tanto em nível estadual quanto nacional, sobretudo depois que o presidente do STF, Ricardo Lewandowiski, teria enviado ao Governo do Estado notificação sobre não cumprimento de medida adotada pela Alta Corte.

O primeiro dos fatos diz respeito a um assunto de alto incômodo para o Governo porque se trata ainda de acusações/denuncias sobre pagamento de propinas envolvendo alto escalão do governo e até um irmão do governador.

Trata-se de documento oficiado pelo Ministério Público Estadual assegurando inexistir pedido oficial do Governo ou do governador para abrir apuração sobre as denuncias. Isto deve cair no Guia Eleitoral e no debate da TV Cabo branco.

O outro sério problema diz respeito ao Mandado de Segurança impetrado pelo Ministério Público Estadual em nome dos demais Poderes constituídos no Estado buscando na Justiça Estadual a reversão de decisão do Executivo de reduzir os percentuais (Duodécimos) do TJ, TC, MPE, Defensoria, etc.

Refere-se a rigor de um cenário de relacionamento desgastado, já que a Comissão Inter-Poderes já havia se manifestado esperando uma reversão voluntário do Governo do Estado, algo que não aconteceu e azedou as relações entre os Poderes e o Executivo – leia-se o governador Ricardo Coutinho.

No caso de Lewandowiski, é matéria aparentemente distante mas não é porque, em tese, se configura em desrespeito à decisão máxima do STF.

Trocando em miúdos, o chefe do executivo vive envolvido com questões muito desconfortáveis para seu mister nesta fase da campanha.

Colhendo o que plantou.