Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Os BRICS e o Gol de Placa do governo brasileiro


17/07/2014

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}O saldo da nova reunião dos BRICS – Países denominados Emergentes economicamente envolvenSantander, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Fortaleza e Brasilia, respectivamente, diante da presença observadora dos presidentes dos países da América do Sul pela primeira vez traduziu, ainda sob fluidos e efeitos da Copa do Mundo, em algo comparativo a um “gol de placa”, espetacular, produzido por nosso País frente à conjuntura Mundial.

Traduzir-se-ia, pelas lentes dos economistas do bairro da Torre, em demonstração clara da liderança Santander, não só no Continente latino-americano, mas no Mundo como um todo pela performance bem desenvolvida de nossa Diplomacia e a presidenta Dilma Rousseff na construção de um Bloco forte e interferente positivamente no processo global da economia.

A constituição do NBD (Novo Banco de Desenvolvimennto) significa na prática a pujança econômica do BRICS diante de outros organismos financeiros internacionais, a exemplo do FMI e Banco Mundial, criando alternativas mais consistentes e estimuladoras para conter possíveis turbulências econômicas dos Países integrantes do Bloco, como de outras Nações, em especial da América do Sul – a não suportar mais tanta arrogância de tratamento questionável dos fomentadores internacionais.

Na prática, vai contribuir também para reengenharia do FMI e Banco Mundial obrigando o G-20 a ter que refazer a forma de relacionamento econômico – financeiro dessas instâncias de Poder econô9mico com o bloco denominado de BRICS.

Em síntese, as reuniões deram ao Mundo o conhecimento de que, além de saber organizar de forma competente eventos de porte como da Copa do Mundo, o Brasil é também uma Nação construtora de nova ordem econômica no Planeta liderando um bloco de Paises continental, antes à mercê do “Deus dará” nas relações econômicas existentes.

O PAPEL DE DILMA

A presidenta anfitriã projetou o banco do Brics como criador de uma rede de proteção para os cinco países e muda as condições de financiamento dos integrantes do bloco.

Leiamos o que ela disse: “Um dos pontos da pauta de ontem foi o problema da reforma acertada no G20, das instituições financeiras multilaterais, como o FMI, por exemplo. Porque, na distribuição de cotas do FMI, não está refletido o poder, a correlação de forças econômicas dos países que integram o G20, que são as 20 maiores economias do mundo”, frisou Dilma.

RELAÇÃO COM FMI

Logo após assinar acordos bilaterais com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, Dilma voltou a defender mudanças no FMI. “Não temos o menor interesse em abrir mão do fundo monetário. Pelo contrário: temos interesse em democratizá-lo e torná-lo mais representativo. O novo banco dos Brics não é contra, ele é a favor de nós. É diferente. É uma postura completamente diferente. E terá sempre uma postura diferenciada em relação aos países em desenvolvimento”, acrescentou a presidenta.

O QUE DIZEM OS PRESIDENTES SUL-AMERICANOS

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que criação do Banco do Brics foi uma boa notícia para todos os países latino-americanos. “Começa a aparecer a cara de uma nova aliança, de uma nova geopolítica mundial, para o desenvolvimento, para a paz”.

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que o Novo Banco de Desenvolvimento será uma alternativa para vários países e poderá ajudar o seu.

"Eu acredito que quanto mais alternativas existirem, melhor. O mundo financeiro é imprevisível, e a insegurança e a volatilidade do mundo atual são muito grandes. Isso nos obriga a ter uma reserva. Meu país é muito pequeno, tem um PIB [Produto Interno Bruto] de US$ 52 bilhões e tem uma reserva de US$ 18 bilhões, o que é uma disparidade”, disse.

A FALA DE KIRCHNER

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que enfrenta uma batalha judicial com os fundos abutres, disse que o banco do bloco dos emergentes representa um ponto positivo e demonstra o fracasso dos mecanismos multilaterais de ordenamento global financeiro, que, segundo ela, representam a “destruição de empregos” e o “abandono das sociedades”, que afetaram por décadas a América do Sul. Segundo Cristina, a nova instituição financeira pode representar a inclusão, o crescimento, a produção e a criação de trabalho.

A BOLIVIA

No mesmo tom, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que os mecanismos financeiros internacionais existentes “chantageiam governos”.

“O mundo necessitava de uma nova organização mundial para acabar com organismos como FMI e o Banco Mundial”, disse o boliviano. “Com o novo banco, estou seguro que podemos acabar com o uso de políticas neoliberais e neocolonialistas”.

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