Geral
“Onde a dor não tem razão”
18/01/2014
Foto: autor desconhecido.
Elton Medeiros e Paulinho da Viola compuseram “Onde a dor não tem razão” em 1981. Fala da descoberta de que nada adianta sofrer por um amor perdido. No encontro de uma nova paixão percebe-se que a vida não deixou de ter sentido porque um relacionamento amoroso se desfez e provocou, por algum tempo, lamentações e tristeza. É esse o tema explorado no samba.
“Canto/Pra dizer que no meu coração/Já não mais se agitam as ondas de uma paixão/Ele não é mais abrigo de amores perdidos”. O “eu lírico” canta a compreensão de que, enfim, não se sente mais atingido pela dor de uma paixão vivida em outros tempos. Venceu o período das lamúrias, das lástimas. No seu peito já não bate mais o sentimento da saudade, da vontade de rever quem amou no passado.
“É um lago mais tranquilo/Onde a dor não tem razão/Nele a semente de um novo amor nasceu/Livre de todo rancor, em flor se abriu”. Vive agora a tranquilidade de um novo amor, onde não há lugar para ressentimentos, mágoas, raiva. Nele só germinam prazeres, acontecimentos que promovem a felicidade. O que ficou para trás não provoca mais dor.
“Venho reabrir as janelas da vida/E cantar como jamais cantei/Esta felicidade ainda”. É um recomeço de vida, um mar de rosas, o encontro com a paz. E, isso, dá vontade de cantar esse momento, de uma forma como jamais fez. Demonstrar toda a felicidade que domina seu coração. Viver agora tem outra razão de ser.
“Quem esperou, como eu, por um novo carinho/E viveu tão sozinho/Tem que agradecer/Quando consegue do peito tirar um espinho/É que a velha esperança/Já não pode morrer”. Foi um período de espera que valeu a pena. Solidão nunca mais. Finalmente tem alguém novamente ao seu lado, que lhe cobre de carinhos e amor. Agradecido por se desvencilhar do padecimento a que ficou entregue por conta de uma desilusão. O espinho que maltratava já não existe mais. A esperança nunca pode morrer nos nossos corações.
• Integra a série de crônicas “PENSANDO ATRAVÉS DA MÚSICA”.
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