Cultura
Oba, lá vem elas
09/02/2023

Renata Arruda Foto: Thercles Silva
Reza a lenda que em Monteiro existe um sanfoneiro a cada esquina. Há quem diga que o fenômeno se repete em João Pessoa com as cantoras. De todas as cores e gêneros.
A primeira que eu conheci e por quem me apaixonei foi Maria da Graça, a Menininha, crooner do conjunto de Fernando Aranha e atração da boate Bwana da praça João Pessoa.
Negra e linda, cantava Ilusão à toa, de Johnny Alf, como ninguém, e sussurrava palavras de amor no meu ouvido sem sair do tom.
Depois dela, surgiram dezenas de outras intérpretes extraordinárias na cidade e hoje elas já são milhares.
Tem de tudo para todos os gostos.
Eletrizantes como Marcela Maul a eruditas como Giovana Maropo.
Cheia de nordestinidade como Sandra Belê – que conheci nos tempos do Projeto Cooperar em Zabelê – a intimistas como Nathalia Bellar.
Talvez a mais emblemática tenha sido Glória Vasconcelos a quem dirigi no show Canto de Rua de Dida Fialho que viveu pouco tempo entre nós.
Mas, a verdade é que elas não param de nascer, crescer e se multiplicar.
Algumas são sambistas como Pollyana Resende e muitas outras cantam em bares para sobreviver. Juliane é uma delas e também uma das poucas canhotas a não trocar as cordas do violão.
Não podemos esquecer também das roqueiras como Val Donato e da novíssima geração como Sofia Gayoso.
E também das que se consagraram com o tempo como Gracinha Telles, Débora Vieira e Renata Arruda.
Sem esquecer das que não fazem do canto a sua principal atividade como a maquiadora Letícia que conheci recentemente num set de filmagem.
Só sei que são tantas que não dá para contar. Mas que cantam com o coração e encantam com sua beleza.
Igualzinho a Menininha que, além de ser bela e cantar muito, ainda foi o meu primeiro amor.
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