O resultado oficial das eleições na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, permite a produção de novas leituras sobre o processo em si, além do desempenho dos seis advogados escolhidos pelo voto direto – Odon Bezerra, Joás Brito Filho, Caius Marcellus, Joaquim Alencar, Jonhson Abrantes e Luiz Augusto Crispim – motivando já projeções possíveis do que possa acontecer de agora em diante.

Há de se registrar, ainda em tempo, o fato da votação final ter excluído os advogados Carlos Aquino e Marcelo Figueiredo, nomes citados em muitas rodas como passiveis de compor a lista mas que, na verdade, isso acabou não acontecendo.

O que motivou tal situação? – é a pergunta que se faz levando em conta a forte estrutura que os dois dispunham, sem contar o fato de proximidade com o núcleo próximo do governador Cássio Cunha Lima, cuja condição não influiu no resultado.

Distinga-se ainda o desempenho dos demais nomes citados na lista, afora o significado surpreendente de Odon Bezerra, traduzindo a liderança que cada um exerce entre seus pares de profissão altamente prestigiada conceitualmente no cenário social da Paraíba.

Joás de Brito Filho não surpreendeu; teve votação esperada tanto que ficou na segunda colocação, até porque desfruta de alto conceito dentro e fora da magistratura e da sua classe. É nome forte também para compor a lista tríplice, condição essa imaginada em torno de Odon Bezerra por seu desempenho distinto.

Caius Marcellus é outro nome bem mensurado na avaliação do interesse advogaticio para composição da nova lista tríplice por um conjunto de fatores acumulados, além de trânsito e bom relacionamento, condição também exposta e perceptivel em Johnson Abrantes – nome de dimensão estadual, que com Joaquim Alencar ( outra positiva surpresa no processo ) constituem o reconhecimento da Capital e, especialmente, das bases interioranas.

Ainda há que se distinguir por mérito próprio e conceito construído ao longo da vida pelo misto de advogado e literato Luiz Augusto da França Crispim – nome que dispensa dados adicionais pela legenda humana em si de valor além mar.

É deste conjunto de nomes, de excelentes referências, que o Tribunal de Justiça parte para nova escolha, agora visando a lista tríplice gerando positiva “dor de cabeça” entre seus 19 desembargadores na definição dessa relação.

Por conceito, todos repetiriam a mesma performance no TJ, mas como há um funil à vista, três vão ficar na exclusão.

Outra peneira

Se tudo isso fosse pouco, ainda haverá de existir a decisão final pelo governador do Estado, Cássio Cunha Lima, em condição presumida na manutenção de seu mandato hoje sob efeito de liminar (recurso) no Tribunal Superior Eleitoral.

Esta é a premissa que, em se efetivando,assegura numa hipótese de existência de nomes como os de Odon Bezerra e Joás Filho, por exemplo, uma ‘luta’ histórica de bastidores entre aliados do próprio governador.

Entenda-se: Odon Bezerra, mesmo com seus méritos pessoais, é irmão do vereador Hervázio Bezerra, aliado de primeira hora de Cícero Lucena e Cássio, portanto, deverá contar com essa ‘pressão’ natural em jogo.

Da mesma forma que Joás Filho, nome com conceito pessoal elevado junto ao governador além de ter apoios políticos importantes junto a Cássio.

Noutra condição

Presume-se que todo o processo de escolha da lista e definição do nome aconteça em meio à gestão do governador Cássio, mesmo assim levando em conta uma outra hipótese ( mesmo distante ou contestável que possa ser ) – do senador Maranhão estar no exercício do Poder, como se daria esse processo?

Perguntar não ofende, mas nesse hipotético cenário ascenderia com força os nomes de Luiz Augusto Crispim e Caius Marcellus, isso se eles estiverem na lista tríplice a ser definida pelo TJ.

É um xadrez complicado, mas com a tendência já manifesta a partir da escolha em si da listra tríplice.

Última

“O que tiver de ser/ será..”