Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Política

O tom conservador de Campina Grande, agora reforçado pelo atual prefeito diante de contrapontos


08/09/2022

(Foto: reprodução)

 

Não é de hoje, e faz tempo, que as eleições em Campina Grande, inclusive presidenciais, registram condição muito conservadora do eleitorado votando na extrema direita, agora liderada por Bolsonaro, em que pesem alternativas políticas – na atual conjuntura representadas pelo governador João Azevedo e seu vice de CG, Lucas Ribeiro, e da candidatura de Veneziano Vital, ambos votando em Lula.

Este é um contexto não tão histórico dessa forma conservadora à Direita porque em 1990 o líder Ronaldo Cunha Lima venceu o conservadorismo de Wilson Braga, logo ele e seu partido de Ulisses Guimarães, Antonio Mariz e Humberto Lucena – todos muito envolvidos com a Redemocratização e compromissos com a nova Constituição de 1988.

Essa nova fase conservadora de Campina Grande tem a ver com a ascensão do ex-governador Cássio Cunha Lima depois seguida por Romero Rodrigues e Bruno Cunha Lima, agora, pois já em 2000 quando Lula venceu em todo Estado, em Campina deu José Serra. E, olhem, que Lula tratou Cássio como aliado de primeira hora nunca lhe faltando apoio.

Impressiona que o conservadorismo implantado na cidade nunca deixou de ter tratamento diferenciado dos governos do PT, vide Lula e Dilma – esta última consolidando o Complexo Aloisio Campos, através de Rômulo Gouveia e Aguinaldo Ribeiro como Ministro das Cidades, ou seja, nunca adversários foram tão bem tratados.

No caso de agora, o prefeito apela para o elenco de fatores bolsonaristas, em especial a religiosidade, sabendo que no conjunto das ações comparativas, Bolsonaro deve muito à Campina como a todo Estado, diferente dos anos de bonança nos governos do PT.

Trocando em miúdos, vamos acompanhar e atestar se a cidade vai insistir em defender teses e políticas arrasadas fulminando com avanços sociais e econômicos fundamentais.

Campina Grande não merece atrasos.

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