Geral
O saldo do tom democrata
18/06/2007
Foto: autor desconhecido.
A Oposição se contorce de raiva quando algum fator positivo é atribuído ao governador Cássio Cunha Lima mas, independentemente dos amuos e diferenças de visão política sobre como conduzir o Poder, o chefe do executivo tem sido um expert em construir soluções para crises com setores abispinhados, como se dá quando se está em greve./
O caso dos professores, nesta segunda-feira, gerando um consenso diante dos lideres grevistas do segmento de Educação expõe bem essa faceta do governador diante de mais uma crise superada pela tolerância e diálogo sem os quais não se chega a um bom estágio.
Antes que pareça mera abordagem positiva apenas, lembro que há muito ainda a se fazer para reparar a defasagem salarial dos professores do Estado, que têm remuneração menor do que da Prefeitura de João Pessoa, por exemplo, mas a atitude do governador de garantir 8,5% de reajuste é algo a merecer registro até porque está muito acima do índice inflacionário.
Aliás, é preciso ser dito antes de mais nada que em período de inexistência da inflação, ou seja, com ganho real do salário mínimo e o reestabelecimento do poder de compra pelo assalariado, estar computando
8,5% é fator de comemoração, queiram ou não os agourentos.
Mas, no contexto, insisto em observar a capacidade notada ao longo dos anos do governador de se deparar com adversidades nas reivindicações justas dos diversos setores do Governo e, ao invés de adotar a intransigência, tem buscado estabelecer como moeda mais forte o fator democrático.
No caso da Educação, agora é preciso ainda ser observado, que a competência gestora e de interatividade do secretário Neroaldo Pontes significa um esteio importante na relação do governo com o magistério e, consequentemente, na conquista de consenso e solução.
Trocando em miúdos, justiça seja feita, mas Cássio tem sabido tratar greve como se deve, ou seja, dialogando sempre, respeitando a parte mais fraca, mas gerando saídas sem o uso da força.
No mais, quem não quiser, não vê porque não quer.
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