Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O prejulgamento


16/03/2016

Foto: autor desconhecido.

 

O prejulgamento é tão grave quanto o preconceito. Existe uma afirmação do Padre Fábio de Melo que define bem essa interpretação: “A pessoa vê a capa e acha que leu o livro. Cuidado, o julgamento preconceituoso pode lhe privar de perceber a verdade”. O hábito do prejulgamento é cada vez mais usual no mundo contemporâneo. As atitudes de prejulgamento induzem à suspeição, por que são adotadas a partir das aparências, sem a devida comprovação da veracidade das informações recebidas.

Existe uma facilidade muito grande de julgar as pessoas pelas circunstâncias, influenciados por deduções alheias, sem que sejam originadas da própria consciência. E o pior é que essas posições críticas se tornam implacáveis, rígidas, inflexíveis, como se fossem verdades incontestáveis.

Nenhuma informação pode ser utilizada para condenar alguém sem que antes lhe seja dado o direito de se defender e que se finalizem as investigações que ofereçam uma conclusão que revele a verdade dos fatos. A maior injustiça é um julgamento precipitado. É quando o olhar analisador surge com a predisposição para condenar por antecipação.

Levados pelo lado emocional, costuma-se pensar e verbalizar proferindo sentenças condenatórias antes de se constatar os reais motivos para penalizar alguém. Não faz mal algum se adotar cautela nesses procedimentos de deliberar em desfavor de outro, sem que antecipadamente se faça uma análise cuidadosa e justa do que está sendo avaliado. Isso fará com que a opinião de julgamento seja a expressão autêntica de uma consciência tranqüila.

• Integra a série de textos “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.


 


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