Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O patrulhamento


04/01/2016

Foto: autor desconhecido.

 

Sou um amante da liberdade. Portanto, não aceito e condeno qualquer tipo de patrulhamento com o intuito de exercer pressão sobre ações, pensamentos e escolhas que fazemos no dia a dia. A vigilância permanente é uma forma de cerceamento da independência comportamental que todos nós gostamos de ter. A prática mais comum de patrulhamento é a que se estabelece na censura de condutas, posições e ideias que contrariem ao que algumas pessoas entendem como politicamente corretas

 No patrulhamento ideológico se faz uso da intimidação para tentar calar ou impedir que posições divergentes sejam expostas. Não são aceitos, o debate democrático, a crítica racional, a discordância, mesmo com argumentos. Por isso partem para a desqualificação do opositor, promovendo o terrorismo intelectual e moral, procurando desmoralizá-lo diante de outros.

 Defendo a liberdade usufruída com responsabilidade, avaliando consequências dos atos e discursos, conforme conceitua Jean Paul Sartre: “O homem é, antes de tudo, livre. O homem é nada, antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo”.

Em síntese, concluímos que qualquer forma de patrulhamento é desrespeito ao princípio da liberdade de agir e pensar. Ninguém tem a faculdade de restringir pensamentos e ações de quem quer que seja em nome de concepções ideológicas ou paixões políticas.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

 


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