Acompanhei silenciosamente a solenidade de posse do deputado federal Luiz Couto e do advogado Anselmo Castilho nas presidências do PT estadual e de Joao Pessoa, respectivamente, com a realidade posta à mesa reunindo os partidos e lideranças aliadas, entre elas a do prefeito Ricardo Coutinho. O PMDB não se fez presente.

Os discursos dentro e fora do PT deram um tom de busca de renovação da aliança em curso a partir do apoio ao presidente Lula. Ficou evidente também o interesse desse pacto se reproduzir na disputa para prefeito em favor da reeleição de RC.

Ricardo também se fez recíproco renovando o interesse da aliança e de ter o PT como aliado. Se houvesse retrocesso no tempo mesclando com as novas ferramentas de aceleração de vídeo, certamente que o PT da Paraíba estaria com dor – de – cotovelo porque estava diante de um ex-militante que deixou o partido por conflitos com diversas lideranças e tendências.

Mas, pelas palavras de Luiz Couto e de Anselmo, o PT aposta na retomada do dialogo com a militância e até mesmo da busca de ampliação desse aglomerado fundamental que oxigena qualquer partido.

Quer mais: busca deflagrar meios de atrair para perto as demais lideranças de outras tendências não presentes na solenidade. Estava Hildevânio e Francisco Linhares, é verdade, mas Frei Anastácio, Julio Rafael, Giucelia Figueiredo, Anísio Maia não compareceram. É evidente que todos vão argumentar agenda alheia mais urgente, só que nesta hora as presenças dessas figuras significaria melhor estágio interno no PT.

Ou seja, o novo comando político do PT vai ter muito trabalho para retomar a ação de rua da militância, embora se depender de intenção isso será encarado com chances de se efetivar.

Enquanto tudo está no começo, a nova direção do PT de fato se esforça para construir a unidade partidária, mas não será fácil superar o orgulho e amuo de algumas lideranças, razoes de algumas resistências.

O fato é que o PT quer mais, participar mais da disputa municipal de 2008.