Antes de examinar a realidade atual da política partidária na Paraiba se faz pertinente admitir que o deputado federal Gervásio Maia, presidente provisório do PSB, tem desempenhado com muita coerência os votos e posições na Câmara Federal em sintonia com o que lhe levou a ser eleito.

Registre-se que é voz permanente a questionar o negacionismo e incapacidade do Governo Bolsonaro de encarar e resolver a pandemia criando dificuldades à aquisição de vacina colocando o Brasil abaixo do Chile, além de inúmeras matérias retrógradas como ampliação de armas, tentativa de retirar a Saúde e Educação da obrigação constitucional, etc, portanto esta é uma prioridade de mandato com resultados.

A REALIDADE PARAIBANA

Em que pese a agenda nacional, na Paraiba Gervásio vai precisar resolver de vez sua vida futura diante do ex-governador Ricardo Coutinho com quem não conversa desde a eleição municipal para decidir se fica no PSB, provavelmente na presidência do partido dialogando com as deputadas Cida Ramos e Estela Izabel.

A cena em torno de Ricardo se mantém muito grave, além até do desastre eleitoral de 2020 porquanto o saldo da Operação Calvário ainda estica e já lhe tirou da sucessão de 2022 por inelegibilidade daí o PSB precisar conviver sem a força do ex-governador. Inimaginável a tragédia tempos atrás.

Dentro deste contexto, mais dia, menos dia Gervasio Maia vai precisar resolver tudo com o PSB nacional até pelo namoro passado de Ricardo com o PT nacional implodindo o partido em nivel municipal, dai a necessidade futura de resolver o comando socialista.

Por fim e em face do pragmatismo político que se desenha mais na frente vai precisar conviver com o governador João Azevedo como aliado porque inexiste espaço junto a Romero Rodrigues – o nome de Bolsonaro para 2022.

Em síntese, o PSB precisa se refazer e se reenquadrar para sobreviver.