Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O obsessivo


21/07/2017

Foto: autor desconhecido.


Estive refletindo sobre a personalidade dos indivíduos que assumem a obsessão como determinante no seu modo de agir para conseguirem algo que desejam. Mas os piores e mais perigosos dos obsessivos são aqueles que se dedicam a perseguir os que elegeram como inimigos ou adversários. Na ânsia persecutória não se inibem em agredir os valores de direitos humanos. Ruminam ódio.
Eles dedicam tempo e inteligência na exclusiva intenção de destruir imagens e reputações. Adotam procedimentos que fogem à normalidade, muitas vezes com elevado grau de perversidade, por considerá-los as formas mais eficazes de alcançarem seus objetivos. Não conseguem ter paz de espírito enquanto não produzirem os estragos estrategicamente planejados.
Essas pessoas são, geralmente, carentes de bajulação, precisam estar sendo idolatrados e homenageados por suas atitudes, principalmente porque praticadas na inobservância da serenidade e do equilíbrio racional. Assim aliviam o sentimento de culpa. Apelam, quase sempre, para as chantagens emocionais.
O mais preocupante é que o mundo está cheio desse tipo de gente. E mais inquietante ainda, é perceber que conquistam aliados no seu insistente propósito de perseguir alguém. Formam um exército que aplaude suas investidas, ainda que reconhecendo serem ofensivas aos princípios elementares da justiça e da equidade de tratamento. Mas há um ensinamento popular que diz “tudo o que vai, volta, é a lei da vida”. São inúmeros os exemplos de que esse tipo de comportamento faz com que tropecem na própria arrogância.


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