Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O novo round da política


18/10/2007

Foto: autor desconhecido.

RECIFE – Dois fatos tomaram conta da cena política nesta quinta-feira, bem como do burburinho nas esquinas: um, que foi a informação veiculada em nível nacional apontando o nome do senador José Maranhão como alternativa do PMDB nacional para a presidência da República e, a segunda, em torno da entrevista do governador Cássio Cunha Lima abordando as últimas decisões do TRE considerando-se inocente diante ainda do processo de cassação.

No caso do senador Maranhão, o assunto só não mereceu nem merecerá grande destaque na aldeia tabajara porque a crise político – partidária é muito maior do que a importância inconteste do significado de ser um líder político paraibano ser mencionado como alternativa para presidência do Congresso Nacional.

Para se ter uma idéia do quanto a inversão de valores acontece ´malucamente´ entre nós, só foi a informação circular na grande mídia para, como aconteceu numa conversa entre um Cacique do maranhismo dizer a um aliado que o abordou ser tudo “ invenção plantada pelo governador Cássio”.

A rigor, sabendo todos de que o governador não tem força nenhuma para interferir nem no PMDB nem na disputa do Senado, logo subtende-se a inserção do nome do senador como fruto das articulações mesmo de bastidores porque o partido de Maranhão tem poucas alternativas na sucessão de Renan.

Vejam a que ponto chegamos! – uma menção honrosa, sem dúvidas, que é a lembrança para um cargo de alta importância – a presidência do Senado, termina tratada como fato menor, que não é, em face do desejo da grande maioria e do próprio senador de priorizar a cena estadual, no caso traduzida na expectativa e desejo de querer assumir o Governo do Estado.

Pois bem, paralelamente a isso, também nesta quinta-feira trepidante, eis que o governador Cássio Cunha Lima entra em cena novamente para expor análise sobre a viagem promovida aos Estados Unidos e, no que mais chamou atenção, comentar as últimas decisões do Tribunal Regional Eleitoral.

Na verdade, Cássio não se restringiu a comentar cada um dos aspectos inseridos no processo do Tribunal, quando voltou a expor dados que o faz considerar-se inocente, a partir do que entendeu reconhecimento da Corte de inexistência do programa Ciranda de Serviços durante o período eleitoral.

Mas, como tática ou não, o governador voltou a carga em cima do empresário Roberto Cavalcanti, presidente do Sistema Correio, à quem atribui toda a zoada na sociedade através dos seus veículos de comunicação “querendo com a ´pressão´ junto aos poderes assumir o senado sem ter um único voto dos paraibanos” – por isso Cássio desafiou o também suplente de senador a disputar o Senado em 2010.

Na prática, o governador está decidido a não deixar mais o empresário e sua estrutura sem um contra-ponto discurso contundente sem receios do embate.

Trocando em miúdos, como repetem a molecada do bairro da Torre, este é o resumo da ópera política em nosso estado.


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