Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O novo estágio da eleição na Unimed


13/02/2008

Foto: autor desconhecido.

BRASILIA – Em principio, enquanto tese, a eleição da Unimed João Pessoa diz respeito apenas e exclusivamente ao universo de 1.200 médicos cooperados, sócios proprietários do mais exitoso projeto de cooperativismo da Paraíba com reconhecimento nacional. Não há, fora da classe médica, quem tenha galgado tanto prestigio e força econômica real.

Mas, eis a questão, a Unimed João Pessoa cresceu tanto em termos de interferência na vida sócio-econômica do Estado, a partir da capital, que o conjunto da obra econômica da cooperativa envolvendo a base estrutural (incluindo nela o Hospital da Unimed), a rede de atendimento médico, os laboratórios, também os hospitais, os colaboradores, etc já não se restringe ao universo médico cooperado.

Ao longo dos anos, como os cargos e/ou opções no serviço publico foram encolhendo, na proporção inversa a Unimed tomou vulto e é hoje a quarta ou quinta principal referencia de inserção no volume mensal de nossa economia.

Por essas e outras, a eleição entre os médicos Aucélio Gusmão – buscando a reeleição, e José Eymard de Medeiros, de Oposição, tem tomado conta da boca miúda, especialmente – ai sim, de quem tem voto ou interferência no processo.

No primeiro momento, lá atrás, diante do lançamento da candidatura de Eymard a impressão que se tinha era de ‘passeio’ em favor de Aucelio, que desfruta de conceito e da máquina para vitaminar e implodir outras manifestações contrarias à sua reeleição. De fato, à época ele tinha razão em raciocinar assim.

Mas, os dias se passaram gerando na condição raquítica então de Eymard o terreno fértil para alguns questionamentos que começam a fazer a candidatura oposicionista merecer respeito, e não desdém, até porque tem crescido em conceito e apoios deixando de ser aventura.

É que, em nome dos grandes interesses de segmentos e até pessoais, todos voltados em querer conviver bem com a cooperativa, há ainda o discurso critico em relação ao continuísmo e a gestão atual exercido por Eymard com energia produzindo efeito gradativo, segundo pesquisas.

Engraçado é que a origem da disputa de agora é (contraditoriamente) em mesmo processo de construção lá atrás, onde amigos se transformaram em adversários, implodindo de vez a Oposição mais radical inserindo agora de um lado Aucelio, Joao Modesto, Vinicius Formiga, etc., e de outro Eymard, Edson Neves, Juvêncio Almeida e outros.

Há que se levar em conta ainda as posições de lideranças como os ex-presidentes Wilson Morais, Reginaldo Tavares, etc, estes certamente mais próximos da Oposição do que com o ex-aliado Aucélio Gusmão.

O fato é que a partir de agora a Unimed estará abrindo os ouvidos, não para ataques pessoais improdutivos, mas para entender que projeto real e exeqüível dará ao futuro da cooperativa a segurança de menos aperreio e mais perspectiva de bons resultados, sobretudo para o bolso do cooperado e a garantia de serviço qualificado ao usuário.

Por enquanto, ainda, presume-se a vantagem de Aucélio mas, eleição como mineração só se deve descuidar depois da apuração, até porque Eymard – não se enganem – tem crescido, ainda não se sabe se com força para virar o jogo.

Mas, logo logo saberemos.


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