Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O novo desenho de RC e a máquina administrativa


22/12/2014

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}O anúncio feito nesta segunda-feira pelo governador Ricardo Coutinho fundindo e extinguindo secretarias é um sinal focado da sua postura, enquanto gestor público, na relação com a Estrutura administrativa, o Funcionalismo e o custo desta máquina enquanto fator de resultados para a sociedade.

O perfil adotado pelo governador é de quem não teme reação de ordem alguma, nem mesmo das estruturas organizadas sindicais, a exemplo do Sindifisco e o Clube dos Oficiais, porquanto intui e reverbera o discurso de que tem obrigação maior com a sociedade como um todo na ordem de 3,5 milhões de pessoas sem dependência especifica do universo de Funcionários Estaduais.

Esta “nova” postura do governador destoa do que ele construiu enquanto líder parlamentar, antes de assumir o Executivo, porque à época defendia outra linha de raciocínio de defesa, algo que mudou quando ascendeu ao Poder soberano.

Sem que seja necessário pontuar fases históricas do passado ou paralelas, mesmo assim achamos oportuno identificar que Ricardo reacende nos tempos atuais o perfil do ex-governador João Agripino Filho, sempre criticado pelos Servidores Públicos pela forma austera e seca com que tratava este segmento.

LEMBRANDO O CEARÁ

No mundo contemporâneo, cremos que o governador da Paraiba reproduz relativamente o mesmo nível de convívio e adoção de políticas com os funcionários do que se processou no Ceará com a ascensão de Tasso Jereissati e os irmãos Gomes (Ciro e Cid), todos sem disposição a gerar medidas bonificadoras para o Funcionalismo.

No Ceará isto é tão expressivo que lá são 66 mil Funcionários Públicos dos quais 23 mil foram incorporados nos últimos 8 anos, o que significa dizer que a Política de Pessoal sempre foi restritiva.

Na prática, com os novos passos, Ricardo Coutinho apenas consolida a postura de gestor interessado no resultado da máquina, menos com os amuos dos setores representativas das diversas categorias, sempre reivindicando melhorias.

O REAJUSTE DE 2015

O governador ainda não se pronunciou oficialmente sobre os índices que adotará para os vencimentos do Funcionalismo.

Há uma previsão orçamentária em torno do índice da Inflação, embora hajam categorias diferenciadas aguardando os números finais.

AINDA A EQUIPE

O adiamento do anúncio da equipe de auxiliares intui que o governador ainda não fechou os entendimentos com todos os partidos e lideranças aliadas.

Pode ser que tenha a ver também com o futuro da Assembléia Legislativa.

ÚLTIMA

“Todo dia/ era dia de índio…”
 


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