Há uma característica de personalidade que se acentua em alguns indivíduos quando conseguem espaço para se projetar publicamente: o histrionismo. São pessoas que têm necessidade de se apresentarem como o centro das atenções. São egocêntricas, se julgam “diferentes”, heróis. Têm uma enorme capacidade de manipulação e são ansiosos por receberem aprovação, serem admirados.

Nessa autosuficiência, imaginando possuírem uma inteligência acima da normalidade, arriscam, movidos por um excesso de emocionalidade, a tomar decisões precipitadas, mesmo que contrariando o que se possa conceituar como ético ou moral. Afinal de contas entendem que podem ditar regras, seus deslizes serão perfeitamente compreendidos pelos que conseguem conquistar na formação do seu séquito de simpatizantes.

No histrionismo o indivíduo clama pelo aplauso, na convicção de que assim poderá marchar célere para a consecução dos seus objetivos sem sofrer qualquer admoestação. Detestam enfrentar frustrações no que estabelece como meta. Daí, partir para a difamação de qualquer um que ouse enfrentá-lo. Joga pesado na estratégia de se manter na condição de celebridade.

O histriônico adora o mundo do espetáculo. Tem uma forte propensão a fazer de suas atitudes um show. Por isso mesmo, seus maiores aliados são os instrumentos de força midiática. Faz tudo para ser notícia. Padece do medo de voltar ao anonimato. E nesse receio, se dispõe até a “vender a própria alma” para se manter no ápice dos acontecimentos.

Devemos então ter cuidado com os histriônicos de oportunidade. Eles são hábeis na capacidade de seduzir pela autoafirmação de que se tornam indispensáveis no atendimento das demandas coletivas. Convém examinar cuidadosamente a personalidade dessas figuras públicas que se destacam por seu histrionismo.

• Integra a série de textos “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.