Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O futebol e a disputa pela audiência na TV


21/02/2007

Foto: autor desconhecido.

A primeira partida da Copa Brasil envolvendo um clube paraibano contra outro de Pernambuco concluido em empate ( 1 a 1), nesta quarta-feira à noite, trouxe consigo um fato positivo a mais: a transmissão ao vivo do jogo pela Rede Globo Nordeste. Poderia ter sido um dos outros dois envolvendo pernambucanos, mas foi a partida campinense a preferida.

Em tese tudo se traduz em fato normal dentro da grade de programação da emissora global, mas pode ser mais do que isso, sobretudo quando o Campeonato Paraibano se desenvolve na atualidade com elemento de alto expressividade, no caso a transmissão pela TV Correio ( Rede Record).

Não foi possível em plena transmissão de Campinense X Sport, ontem, checar com dirigentes da Globo em nível local se a oportunidade do primeiro jogo serviu de argumento para mostrar ao torcedor paraibano que a Rede Paraíba de Televisão (Rede Globo) está também solidária com o futebol paraibano.

Mas, mesmo que não seja, pode parecer mote estratégico dimensionar a afiliada da Rede Globo local de forma pujante diante de um gol de placa feito pelo principal concorrente – no caso do campeonato paraibano, em primeiro lugar, a TV Correio – porque, como conceitua o grande MacLuhan, na aldeia global as pessoas adoram se ver na tela.

Na partida realizada no Estádio Amigão, a Rede Paraíba/Globo sem um único discurso na direção do que vou mencionar agora, agiu como quem quisesse dizer: ‘olha aí, a gente faz futebol e faz melhor’.

Melhor no caso significa regra técnica com elemento de enquadramento, distribuição das câmaras, acompanhamento dos gols, de lances especiais com uma tática qualitativa inegavelmente superior se comparada à afiliada da Record na Paraíba, afinal, a emissora do ‘Plim Plim’está nessa estrada a mais tempo.

Isso, entretanto, não minimiza em nada a importância que a TV Correio tem gerado na atualidade dando status nunca visto ao futebol paraibano. Faz história com isso e deve, mais na frente, tirar dividendos comerciais e/ou econômicos porque uma empresa desse porte tem custo alto de manutenção.

O fato é que nos dois casos vinga a tese defendida pelo renomado locutor esportivo Luciano do Vale, em entrevista exclusiva na Revista NORDESTE, de que com a existência de uma Copa Nordeste e sua respectiva dimensão nas TVs certamente que elevará o nível do futebol nordestino como nunca jogando pau a pau com os clubes sulistas.

Ainda bem que o futebol paraibano saiu da caverna, do baú mofado do passado.

Nesse particular, a TV Correio fez gol de placa e incomodou de fato a vênus platinada.

A Resposta de Daniela Ribeiro

“Não é fácil preparar uma gestão eficiente em pouco tempo levando em conta ainda a necessidade de uma série de ajustes, na composição da equipe, na definição das prioridades, em encontros ainda necessários à formatação do novo processo, enfim, cultura se faz com planejamento”.

Em sintese, foi isso o que manifestou por telefone, nesta quarta-feira de Cinzas, a Sub-Secretária de Cultura, Daniela Ribeiro, a propósito de comentário veiculado na Coluna revelando sobressalto sobre os rumos da cultura a partir de uma entrevista concedida recentemente.

Daniela Ribeiro foi direto ao assunto: o foco exposto na entrevista não contextualizou uma série de dados oferecidos como macro processo que ela conduz em pouco mais de duas semanas anunciada na Pasta.

A sub-secretária revela ainda que não é fácil conduzir um novo momento numa área tão delicada quando se tem como parâmetro a operosa gestão de Cida Lobo. Mesmo assim ela não se assusta, muito menos se incomoda com as críticas, algumas delas considera pertinente apenas circunstancialmente.

Ela expôs repetidamente: “é uma questão de tempo, de planejamento e de acertar os meios de se efetivar todos os projetos definidos anteriormente e os novos que vão vir como reforços”.

O que importa, ressaltou ela, é ter condições de superar as fortes adversidades enfrentadas a partir das restrições orçamentárias do governo, mesmo com a definição tomada na alta cúpula de respeitar todos os projetos aprovados.

Aliás, ela tem mesmo razão em falar de dificuldades com a redução drástica que o governador Cássio adotou em 2007, como nunca ele tinha feito, portanto, chegar neste momento com domínio do cenário já é um aceno de controle e dialogo a ser seguido com as diversas áreas da cultura.

Como disse, em síntese, ela quer ir do erudito ao popular com um processo de mapeamento claro, transparente e democrático.

Bom, falando assim, vamos aguardar agora os novos estágios.


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