Política
O eco da lição atemporal de Carlos Pereira, engenheiro fazedor de obras, servidor mais antigo, ético, leal e democrata a não aceitar atos golpistas
13/01/2023
Ainda hoje ecoa com força as palavras pronunciadas pelo engenheiro Carlos Pereira, diretor do DER e servidor mais antigo do Estado, no ato de apresentação do Arco Metropolitano, obra que mudará a significação da Mobilidade da Grande João Pessoa a imortalizar João Azevêdo.
Didático, calculista como é dado aos sábios da engenharia, Carlos Pereira não se ateve aos dados técnicos da obra porque lição perfeita fora dada pelo diretor José Arnaldo, antes de sua fala.
DEPOIMENTO CORAJOSO
Pois bem, fugindo do script comum em solenidades, Carlos antes de dar uma aula de história expôs seu próprio histórico de servidor mais antigo do Governo nos seus 82 anos de idade iniciando sua carreira com 14 anos nos idos anos de 1962.
Como de esperar de um democrata, ele se serviu primeiro da oportunidade para condenar os ataques absurdos aos Três Poderes por bolsonazistas, ao tempo que exaltou a decisão do governador João Azevedo de reverberar aos quatro cantos que Paraíba não aceitava tamanha agressão e iria, como foi, se solidarizar com o presidente Lula.
Foi cirúrgico.
Carlos Pereira é também, como gente originária de Jaguaribe, vizinho de Cruz das Armas de João, quem se insurgiu na disputa de Pedro contra Ruy Carneiro aderindo ao famoso clichê – “o homem é Pedro”, mesmo seu pai sendo Pessedista.
EXEMPLOS DE FAZEDORES
Com experiência e amizade com gente do tipo paraibano José Carlos Fias de Freitas, ainda vivo aos 92 anos em Brasília, Carlos Pereira lembrou de João Agripino como gestor público extraordinário, da mesma forma citou a decisão do governador Ernani Satyro de fazer dois estádios de futebol em João Pessoa e Campina Grande com mesma dimensão mas tendo diferencial apenas nos arcos (para cima e para baixo) diante da rivalidade então entre Capital e Campina.
Sem meias palavras, também, afirmou que ao seu olhar identifica na última safra administrativa da Paraíba as figuras fazedoras e de estilos diferenciados na política nas pessoas de Ricardo Coutinho e João Azevedo.
Por fim, revelou que quando indagado pelo governador se topava ficar no DER, ele disse que sim porque enquanto tiver lucidez e puder andar com suas próprias pernas estará à disposição de servir à Paraíba.
Grande Carlos Pereira de Carvalho e Silva!
EM TEMPO
Senti falta nas menções dele a referencia ao imortal Homem Público singular ( governador, senador, deputado federal e prefeito de Sousa) de nome Antônio Marques da Silva Mariz.
Merecia estar na Galeria de Honra.
ÚLTIMA
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