Existe uma música do nosso conterrâneo Jackson do Pandeiro em que diz: “O diabo quando não vem manda o secretário/não vou nessa canoa, que não sou otário”. No imaginário popular a figura do satanás representa tudo o que há de ruim no mundo. Ele é o causador de todos os males a cada instante topamos com as artimanhas desse espírito maligno. E diante dessas situações é comum ouvir essa expressão, “Tá cá moléstia! “quando o diabo não vem, manda o secretário””

No popular o diabo é conhecido como “o coisa ruim” que sem perda de tempo sai rondando os espaços no mundo, e vai escolhendo a dedo pessoas fracas de espírito e de caráter para lançar suas setas ferinas e disseminar o mal. Esses escolhidos são sempre de boa aparência, gentis, dadivosas, eloquentes e bastante convincentes em suas atribuições. Eles são os famosos “secretários do demônio”.

A História está repleta de personalidades públicas que encarnam com precisão essa definição de assessores/secretariais do diabo. Estão misturados em todas as classes sociais e presentes em todos os ambientes. Sua manifestação mais perigosa se encontra naqueles que detém o poder, que seja político ou econômico, que seja público ou privado. O que é muito natural, porque é neste cenário onde os fracos se deixam atrair pela glória, pela fama e pela riqueza. E caem na armadilha dos tais “secretários do diabo”.

Em qualquer ambiente, quando  estiver com a paz perturbada, a discórdia fomentada, o disse me disse circulando e os problemas se acumulando, é bom ficar com a “pulga atrás da orelha” ai tem a interferência satânica procurando “infernizar” nossa vida através de seus representantes legais na terra. Na verdade, o satanás nunca vem, manda “os secretários”.

Esse termo popular, um tanto forte, impressiona pela constatação de que a cada instante estamos cruzando com os ditos “secretários do diabo” em nossos caminhos. A Bíblia aconselha para vigiar e orar sem cessar. Portanto a cautela é fundamental para manter-se distante das investidas satânicas. Quer saber? “Vade retro, satanás”.
• Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.

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