Geral
O Desafio de Daniela Ribeiro
13/01/2007
O anúncio da pedagoga Daniela Ribeiro para comandar as políticas de governo na área de cultura, em substituição à operosa gestão de Cida Lobo, é a novidade que tem deixado as diversas entidades o meio cultural em sim se entreolhando como a querer conhecer mais o perfil da nova Sub -Secretária de Cultura, seus projetos e o que de fato tem de vinculo real com o segmento.
Daniela Ribeiro tem muitos desafios à frente mas, o maior deles, é mesmo produzir no mesmo nível de resultados do que foi exercido por Cida Lobo com respostas de interferência real no meio cultural, como nunca tinha sido praticado nos últimos tempos.
Se a efetivação do Fundo de Incentivo Cultural Augusto dos Anjos já seria por si só como o coroamento mais expressivo do tempo cidalobiano, mesmo assim é conveniente admitir que o FIC é condição incompleta diante de uma macro ação exercida nos quatro anos, embora só agora dimensionada com a saída de Cida.
A impressão que se tem diante do contexto geral de saldo é que, enfim, a Sub-Secretaria deslanchou um processo bem engendrado abrigando todas as habilitações em torno de uma política de incentivos nos diversos níveis dando, ao final, o sentido de presença oficial nos mais diferentes níveis, quer erudito ou popular, com politicas voltadas à maioria da sociedade ou de elites existentes.
Engraçado, mas somente agora os desatentos se apercebem, que, de fato, com Cida houve uma gestão operosa sem igual, se comparado ao conjunto do que foi produzido em gestões passadas isso em termos de números reais, de resultados concretos. Claro que outros fizerem, mas menos que a campinense.
É diante desse contexto que a chegada de Daniela Ribeiro se constitui numa incógnita em termos de rendimento por sua performance ter estado restrita a Campina Grande,, embora haja comentários em torno do próprio governador Cássio Cunha Lima de que a escolha fora fruto de reconhecimento ao desempenho dela, por sua dinamicidade, e não pelo componente político partidário, por ser ela filha do deputado federal Enivaldo Ribeiro.
No caso da área cultural, é muito importante que o gestor ou gestora tenha domínio sobre gestão pública, disponha de diálogo alternativo com a iniciativa privada, tenha rede de contatos bem resolvida e esteja disposto(a) a conviver de bem com as várias ramificações da cultura na base do diálogo e de sequenciamento das ações que têm dado certo, porque é erro crasso querer mudar por si só, apenas por capricho pessoal, quando se tem um processo bem elaborado em curso.
Não é tarefa das mais fáceis a de Daniela, mas neste momento se faz prudente entender e conhecer melhor os projetos e condutas da nova Sub-Secretária, antes que preconceitos e arrogâncias gerem descompasso numa área que está a exigir amadurecimento de todos em busca de crescimento coletivo.
Na hora certa, as cobranças haverão de chegar. Se é assim, está dada a chance de se saber para onde vai a Cultura, através das políticas do Estado, sob a nova direção.
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