Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O debate propositivo


27/08/2016

Foto: autor desconhecido.

 

Faz muito bem o prefeito Luciano Cartaxo quando decide manter-se no discurso propositivo durante os debates que tem participado na atual campanha. É natural que os candidatos que lhe fazem oposição provoquem a discussão, a partir de ataques, muitas vezes irresponsáveis e desprovidos de informações verdadeiras, com o intuito único de tentar desconstruir a imagem positiva da sua gestão, formada perante a opinião pública. É uma armadilha que está sendo bem enfrentada.

A população quer ouvir proposituras que sinalizem a melhoria da qualidade de vida do cidadão. O eleitor deseja conhecer do atual prefeito a prestação de contas da gestão que está por encerrar, na divulgação do que fez em favor da cidade, ao mesmo tempo em que espera a apresentação de novas ideias para o eventual segundo mandato.

E é isso que tem procurado fazer, impondo-se numa postura de elegância, não se permitindo descer ao nível do debate simplesmente da troca de acusações. As agressões gratuitas e oportunistas não ajudam em nada a prática da democracia. Pelo contrário, contribuem para que se desvirtuam os reais propósitos de um debate que tem o objetivo de mostrar ao eleitor quem melhor está preparado para governar a cidade.

O atual prefeito não se recusa a responder as críticas que lhes são feitas, oportunizando a que possa esclarecer equívocos estrategicamente divulgados no período eleitoral. Entretanto, tem se negado a ir ao confronto puramente de ataques pessoais, evitando oferecer combustível para incendiar uma discussão estéril que só interessa aos apaixonados políticos. A tranquilidade é a arma mais eficaz para vencer as ofensas. Já se foi o tempo em que as pessoas ficavam ansiosas em ver nos debates as brigas, as explosões de raiva, o desrespeito. Nos tempos atuais existe uma consciência cívica que reclama a apresentação de planos objetivos de governo, ideias que convençam os eleitores de que o seu voto será bem definido na hora de escolher quem poderá ser o melhor prefeito de sua cidade.

O que me surpreende é que existem candidatos que apresentam ataques sem perceberem que têm efeito bumerangue. Quem conhece a história política recente sabe que a prática da acusação posta, melhor se enquadra no comportamento de seus correligionários. O equívoco é facilmente percebido por quem está assistindo o debate.

A troca de farpas é demonstração de falta de propostas para execução de um governo que se pretenda assumir. O bem intencionado concentra o foco de seus pronunciamentos na definição de como será seu comportamento enquanto gestor do município, ficando longe das querelas alimentadas pela inveja e pela ausência de propostas.


 


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