A palavra “bajular” vem do latim – “bajulare”, que significa “carregar às costas” no sentido de agradar pra conseguir algum favor ou algo em troca do interesse pessoal. No popular diz-se “puxa saco”.

Esse termo que muito povoa os ambientes do poder público e do setor privado, é usada para indicar aqueles funcionários, geralmente de baixa estima, e sem luz própria, que vivem bajulando e agradando seu chefe, a fim de garantir o seu emprego e a sua permanência no rol social. São eles os “puxa sacos” não medem esforços nos elogios e na subserviência, sempre tentando elevar o ego dos seus superiores.

No anedotário político conta-se uma estória onde, em certa ocasião, o presidente Getúlio Vargas pergunta as horas a um dos seus assessores e recebe a seguinte resposta: – “A hora que o senhor desejar, excelência!!!” E Getúlio, surpreso com a bajulação, falou: – “Então jogue fora seu relógio, ele é de muito má qualidade”.

O mundo está cheio desses Indivíduos que, sem noção do ridículo, dizem qualquer absurdo apenas para agradar o chefe. Percebe-se uma ausência de caráter, um servilismo vergonhoso, uma humilhante dependência e uma falsa idolatria. O mais preocupante, nisso tudo, é que “o cordão dos puxa saco” cada vez aumenta mais.

Entretanto a natureza humana é muito vaidosa, principalmente naqueles que detêm o poder. Adoram serem adulados, reverenciados, cercados por gente que vive a exaltar suas qualidades em exagerada dedicação subalterna. E quem os alimenta, os envaidece e os fazem sentir mais poderosos são os “puxa saco”.

Esse comportamento doentio o faz imaginar-se como um “aliado” e não como um “bajulador”. E o chefe no gozo da vaidade e da ambição não consegue enxergar o quanto é nociva a sua convivência com esse tipo de gente. Até porque os “puxa saco” também são muito adeptos daquele outro ditado popular que diz: “rei morto, rei posto”.

* Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.