Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O carinho


28/03/2015

Foto: autor desconhecido.

 

Todos nós precisamos de carinho, tanto no ato de doar, quanto no de receber. O carinho é a mais autêntica forma de demonstrar amor e cuidado por alguém. E é disso que necessitamos sempre, perceber que a troca de afetividade alimenta as relações, sejam elas quais forem. O carinho é remédio para doenças, principalmente da alma. Ele acalma espíritos, transmite uma sensação de paz e tranqüilidade.

A agitação do mundo moderno, com seu sentido preponderante de competição, numa luta desmedida para vencer na vida, nos faz esquecer da importância do carinho. Estamos nos tornando insensíveis, frios, indiferentes. Desprezamos o valor da atenção e do respeito na convivência social. Não podemos permitir que nossos corações esqueçam a essência da palavra amor, vencidos pelas ansiedades do cotidiano. Todavia, estejamos cautelosos para identificarmos o carinho oferecido altruisticamente, sem interesses outros. Ele tem que ser espontâneo, voluntário, desprendido, sem falsidades.
Queiramos ou não, vivemos de emoções, temos sentimentos. Portanto, somos carentes de carinho. São nos momentos de angústia, depressão, tristeza, preocupações, que compreendemos melhor o quanto vale uma palavra ou gesto de carinho. Funciona como um bálsamo, um afago na hora certa, um mimo que nos reanima.

Nada mais gostoso do que sentir uma mão passando suavemente nos nossos cabelos, o famoso cafuné. A forma de olhar, de falar, de abraçar, de dar as mãos, tem efeitos mágicos instantâneos no nosso estado de espírito. Mas devemos ter o entendimento de que esse é um caminho de ida e volta. Recebemos aquilo que oferecemos. Para sermos beneficiados com atitudes carinhosas, devemos também estar sempre dispostos a tratar o próximo com o mesmo zelo, delicadeza e consideração. O princípio da mutualidade é fundamental no comportamento carinhoso.

Concluo com uma frase de Machado de Assis: “As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz”. Pensemos nisso.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

 

 


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