Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

O alerta do Centro Histórico, a urgência e o caso BH


04/10/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}A semana finda registrou um dos mais importantes alertas da comunidade econômica e habitacional do Centro Histórico de João Pessoa fechando as portas para protestar contra inúmeros problemas advindos da falta de ação permanente dos setores públicos quanto à insegurança, redução de negócios e de políticas mais consistentes visando reaquecer todo o acervo mais importante da cidade.

Os protestos não tiveram, nem têm, cor partidária nem servem como motim contra quem quer que seja. Basta residir e frequentar o Centro Histórico para comprovar a urgente necessidade de ações efetivas dos diversos níveis de Governos porque nosso Patrimônio anda em deterioração porque a ação de marginais, a inexistência de melhor iluminação, presença frequente de policiamento, da coleta de lixo, etc, tem afetado a frequência de pessoas no local.

Embora haja ação da Prefeitura de João Pessoa, mesmo assim é preciso “correr” para uma política mais sistêmica visando iniciar a construção dos apartamentos na João Suassuna, da mesma forma que a obra do Porto do Capim,etc, como a recuperação de logradouros a exemplo do que se fez na Casa da Pólvora e na Praça da Independência, e isto precisa ser reconhecido, porque sem pessoas morando no Centro Histórico não há revitalização completa.

O PERIGO DA SAIDA DA ASSEMBLÉIA

Além do mais é preciso dialogar com as várias frentes de representação do CH para evitar que se concretize, por exemplo, a saída da Assembléia Legislativa da Praça João Pessoa, pois se isso vier a se efetivar é mais um baque na falência do Centro Histórico.

O CASO DE BELO HORIZONTE

Enquanto a Assembléia Legislativa se mobiliza para deixar o Centro, lembremos do recente caso da Prefeitura de BH, em Minas, onde o prefeito Márcio Lacerda acaba de nos informar que vai construir novo Centro Administrativo da edilidade exatamente no Centro Histórico da Capital mineira.

O motivo principal é aquecer seu mais valioso ambiente histórico.

MIAMI COMO OUTRO EXEMPLO

Via Whatsapp, o auditor Ednaldo Júnior nos lembra do caso de Downtown (lado baixo) de Miami que até 2009 era uma área degradada, prédios feios, etc, quando o Governo resolveu investir pesado construindo novos edifícios levando para lá equipamentos da Justiça, 30 mil novas habitações e assim renasceu essa importante cidade americana habitada por brasileiros.

Casos como o de Miami precisam se repetir em nossa maior referência.

O EXEMPLO DO WSCOM

Estamos desde 1999 ocupando um endereço importante na Praça Dom Ulrico, 16, onde já funcionaram o Bistrô 16 e o Café levando para a área histórico conteúdo e ações de vanguarda nas áreas de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e produção cultural.

Lá já tivemos por 3 vezes o prédio arrombado por delinquentes que agem com frequência na área por falta de policiamento efetivo.

Só mesmo a decisão política de querer valorizar uma área tão importante é que nos faz continuar resistindo para ver um dia nosso Patrimônio Histórico cuidado à altura de sua importância.

SINTESE

Os Governos, em particular a Prefeitura, precisam dialogar mais com as entidades e evitar criar clima de confronto porque os moradores econômicos e habitacionais do Centro Histórico querem apenas impedir a degradação maior do mais importante ambiente geográfico da Paraíba.

É preciso agir em consonância com o Iphan, Iphaep, enfim, unindo forças ao invés de separá-las. Urge.

ÚLTIMA

“Somos a mata verde/ a esperança/
Somos o sol do Extremo Oriental…”

 


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