Todo mundo sabe a importância de uma amizade, principalmente quando ela é verdadeira. Infelizmente no mundo competitivo em que vivemos esse sentimento sincero de real lealdade está rareando. Já não encontramos com facilidade os verdadeiros amigos. Os interesses pessoais, a ganância, a ambição, a inveja, o despeito, estão destruindo essa bela relação de companheirismo.

As amizades, no seu sentido mais puro, resistem ao tempo. Elas permitem dividir alegrias e compartilhar dores. Amigos de verdade se aceitam em suas diferenças. Amigos de verdade não se deixam levar por mesquinharias, ciúmes ou fofocas. Amigos de verdade se ajudam, se apoiam um no outro. Confraternizam-se nos bons momentos e se solidarizam nas dificuldades.

No baile da vida encontramos muitos desses amigos que estiveram por tempo mascarados. Ocorre que certas circunstâncias arrancam essas máscaras e aqueles que julgávamos “amigos” revelam suas verdadeiras faces. Percebemos então que durante todo o tempo eles estavam vestidos com fantasias de boas intenções. É nessa hora que faz prevalecer à verdade do provérbio “nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade”.

Immanuel Kant afirmou que “a amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder o prazer do primeiro sabor”. Na análise desse pensamento a amizade não esfria.

Desconfie de quem vive a perder seus amigos conquistados nos momentos difíceis, abandonando-os quando estão vivendo momentos de glória. Esse tipo de pessoa, a meu ver, não é amigo nem de si próprio.

* Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.