A cada temporada política há de se conviver com fortes crises localizadas entre lideranças estaduais ou nacionais. A mais intensa no momento coloca o governador João Azevêdo e o ex-governador Ricardo Coutinho em conflito mortal, embora a dados da conjuntura os valores atuais em torno de JA sejam mais consistentes estruturalmente do que a dura realidade de RC.

O último confronto entre os dois em torno da Cagepa fez o governador se sobressair melhor diante de ataques de RC ao espalhar a privatização da empresa de água e esgotos levando João Azevêdo a reagir forte contra o que considerou fake news forjados por má intenção porque, como garantiu, não há hipótese de privatização.

Se reparar bem, a péssima convivência entre os dois é assunto e pauta de preocupação para os interesses de Lula na Paraiba visando 2022 porque partindo da premissa que João é candidato à reeleição de cara este cenário se esbarra em tese no impedimento de RC coordenar a campanha no Estado porque inexiste a hipótese de boas relações entre os dois lideres. Detalhe: na Paraiba, o PT apoia o governador.

Leve-se em conta ainda o saldo da gestão do governador alcançando índices fiscais sem igual no Nordeste (rating A) com perspectiva de muitas obras e ações a lhe cacifar pela forma capaz de gerir as políticas públicas – o que levou, inclusive, RC a escolhê-lo como candidato vitorioso.

EFEITOS DE CIMA

No estado ainda repercute matéria nacional, segundo a qual os partidos de Centro e Direita – PV, Cidadania, PSDB, DEM, Podemos, etc -, decidiram não apoiar Lula e Bolsonaro, logo será preciso entender como vão caminhar João Azevedo, Luciano Cartaxo, Efraim Filho, pois tem repercussão no contexto de 2022.

É evidente que será preciso tempo para acompanhar e traduzir a realidade do próximo ano. Há muita água para rolar.

ÚLTIMA

“O olho que existe/é o que vê”