Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

Não me preocupo com a sexta-feira, 13


13/01/2017

Foto: autor desconhecido.

 

O dia de hoje, sexta-feira, 13, deixa muita gente assustada. Os supersticiosos preferem nem sair de casa, porque acreditam que essa é uma data de maus agouros. Essa crença está associada a alguns acontecimentos que têm referência ao dia da semana, sexta feira, e ao dia do mês. 13. Foi numa sexta-feira que Cristo foi crucificado. Eram treze os participantes da última ceia e um deles manifestou-se traidor. Foi num dia 13 de dezembro que o Brasil recebeu o impacto da maior violência já praticada contra a democracia, a edição do AI 5. Numa sexta feira, 13, nasceu um dos mais cruéis ditadores do mundo, Fidel Castro.

Tudo isso não passa de coincidências que alimentam o espírito fraco dos que se deixam influenciar pelas superstições. Mas muitas pessoas comprometem sua rotina nesse dia, temendo que algo de ruim aconteça. Elas tornam-se reféns do medo. Eu, particularmente, procuro fugir dessas crendices. Não acredito que um simples número possa atrair coisas negativas.

Em caminho contrário dos que insistem em adotar o número treze como aziago, muita gente faz dele o símbolo da sorte. Zagalo, o ex-jogador da seleção brasileira e técnico de futebol muitas vezes campeão, elegeu o treze como o seu número favorito. Aqui na Paraíba muitos são torcedores de um time que traz no seu nome o número treze. O treze, representando o PT, foi responsável por grandes conquistas políticas em nosso país, embora, no momento, esteja passando por uma crise, por erros que seus militantes cometeram.

O que quero afirmar é que não existe sorte ou azar, tudo é resultado de oportunidades bem ou mal aproveitadas. Entendo até que se apegar a essas superstições só concorre para que os sucessos e êxitos no que se pretende fazer tenham dificuldades em ser alcançados. Quando Deus está no comando, não há a menor possibilidade de que números ou datas possam definir os acontecimentos.

Portanto, para mim, sexta-feira, treze, é um dia como outro qualquer. Só para não perder o bom humor que teimam em retirar de nós neste dia, eu diria que prefiro uma sexta-feira, treze, do que uma segunda-feira com qualquer número.
 


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