Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Internacional

Na reta final da missão à China, nunca é demais lembrar o papel da 6ª Cúpula Global de enfrentamento à desinformação e/ou fakenews como pacto


16/10/2024

URUMQI-CHINA – Para início de conversa, vamos combinar: somente estamos por aqui por convite expresso da XINHUA – Agência de Notícias da China – para participar em Urumqi – da 6ª Cúpula Global de Mídia discutindo os efeitos da IA em busca de pacto global contra desinformação/fake news reunindo representantes de 105 países. A Revista NORDESTE e a Folha de São Paulo foram os únicos veículos convidados do Brasil.

Feita a necessária introdução, lembremos o fato de que a civilização chinesa com mais de 4 mil anos diante do Brasil com 202 anos desde sua independência, é na prática, o saldo de quem soube com maturidade, planejamento, sabedoria e longevidade alinhar tradição e pós modernidade projetando-se no futuro próximo do planeta como a maior economia do mundo.

São muitos fatores a contribuir com essa conjuntura e perspectiva, a partir do modelo de governo bancado pela doutrina comunista que soube construir o comunismo de estado financeiro para equacionar com planejamento bem executado políticas de desenvolvimento econômico de vanguarda alinhado com redução das desigualdades regionais num nível fantástico, se comparado aos anos anteriores a 1970.

DETALHE NA MÍDIA

Basta ver, por exemplo, a CCTV, estatal televisiva, que compõe na cena global as características de um conteúdo esteticamente bem planejado, diversificado, amplo, inclusivo e fomentador de conteúdos que simbolizam a capacidade super moderna da China tratar todos os cenários e problemas.

Em termos estéticos, não deve nada à Rede Globo, pois soube produzir algo semelhante variando na essência de seu conteúdo, por exemplo, pois tem foco em outros aspectos valorizando humanismo e natureza dentro de uma concepção diferente da mídia apenas comercial. Em tempo: seu jornalismo nos telejornais diários cobre todo o mundo, em especial os fatos da própria China a merecer destaque.

A XINHUA NO PROCESSO

Durante a 6ª Cúpula, a Agência de Notícias da China trouxe minucioso estudo produzido ao longo dos últimos tempos mostrando mais do que a importância da Inteligência Artificial como seus danos ao haver mau uso dela.

A realidade do ecossistema digital levando em conta até a área de mídia afetada por fake news e deepfake é fato, segundo a XINHUA, a exigir pacto global a partir da própria mídia e organizações, visando enfrentamento seguro e consistente para impedir que o uso continuado da estratégia de mentiras se expanda causando graves estragos. Esse foi o compromisso posto e aceito na 6ª Cúpula.

O próprio presidente da XINHUA, Fu Hua, foi enfático em considerar fundamental a existência desse Pacto para melhor uso da IA, mas a exigir compromisso de combate à desinformação.

A PARAÍBA NO CIRCUITO

Estamos formalizando como referência a iniciativa de lançamento de Laboratório ALUMIA envolvendo a partir da UFPB projeto exemplar de checagem da informação e/ou combate à desinformação.

Trata-se de ação construída em articulação com a SECITEC da UFPB, responsável pelo convênio com a Universidade, através do Departamento de Jornalismo, de Mídia Digital e Centro de Informatica em cujo processo e projeto consta a participação da API e AMIDI na elaboração das articulações e implantação.

É isso.

Ainda voltaremos a outras abordagens sobre a realidade da China.

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